Os abrigos para imigrantes venezuelanos de Roraima enfrentam escassez de vagas. A informação consta em ata de reunião realizada no dia 13 de julho entre Operação Acolhida e organizações, obtida pelo Roraima em Tempo nesta terça-feira (20).
Conforme o documento, o relato sobre a insuficiência de vagas nos abrigos do estado foi repassada pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
Além disso, a organização apontou que as vagas remanescentes nos abrigos estão sendo direcionadas para casos de extrema vulnerabilidade.
A Acnur reforçou ainda que a situação atual de escassez de vagas é semelhante ao cenário anterior ao de fechamento da fronteira, apontando para a necessidade de se pensar o abrigamento e interiorização de migrantes.
A ata destaca também que a reunião tratou da realocação da população de imigrantes residentes na ocupação espontânea que se formou no Posto Equador, localizado no bairro São Vicente, zona Sul de Boa Vista.
São 34 pessoas morando no local, sendo 20 adultos e 14 crianças, totalizando 11 famílias. Do total, 12 pessoas estão sem regularização migratória.
A reportagem entrou em contato com a Operação Acolhida para saber se há previsão para abertura de novos abrigos no estado ou intensificação do processo de interiorização, mas até o fechamento desta matéria não houve resposta.
Um relatório divulgado no mês de junho pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) indicou que mais de 3,8 mil venezuelanos estão desabrigados em Roraima.
Pacaraima é o munícipio com o maior quantitativo de pessoas fora de abrigos, chegando a 1.833 pessoas. Já em Boa Vista são 1.791 pessoas.
Após o Governo Federal autorizar a reabertura da fronteira com a Venezuelana no dia 24 de junho, o fluxo migratório de venezuelanos se intensificou.
Nesta quinta-feira (15), o Roraima em Tempo registrou mais de mil pessoas à espera de triagem pela Operação Acolhida.
Informações obtidas com oficiais do Exército, afirmam que entre os dias 10 e 15 de julho cerca de 1,3 mil venezuelanos chegaram ao posto de triagem em Pacaraima.
Desse total, 200 já foram atendidos e seguiram viagem do lado brasileiro. Outros 1,1 mil ainda aguardam atendimento, que estava lento por falta de vacinas, que já foram repostas.
Por Bryan Araújo
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