Uma ação popular, pediu à Justiça a anulação da terceira fase do concurso da Polícia Penal de Roraima por suspeita de fraude. O documento é do último dia 13 deste mês e o responsável pelo caso é o advogado Gustavo Hugo Andrade.
O certame aconteceu em 2020. Houve então a classificação geral e a convocação da primeira turma. Contudo, conforme o documento, a terceira fase do concurso foi marcada por denúncias que questionavam os resultados. É que diversos candidatos foram eliminados por supostamente não terem alcançado os critérios mínimos do cargo, conforme as avaliações psicológicas.
Além disso, candidatos entraram com ações e apontaram que os critérios de avaliação e correção dos recursos não eram objetivos e nem atendiam à proposta do edital.
A AOCP, banca organizadora do certame, foi alvo de investigações por suspeita de fraude no exame psicotécnico para a Polícia Penal do Distrito Federal (PPDF) e da Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO).
Conforme a denúncia, a banca estaria usando o nome de um psicólogo para avaliar os testes, contudo, o próprio profissional negou o vínculo com a AOCP. Ele então registrou um boletim de ocorrência, uma vez que o instituto usava os dados dele de forma ilegal.
Roraima
A ação popular sugere que o mesmo pode ter ocorrido com o concurso para agente penal em Roraima. O documento afirma que o psicólogo “nunca prestou tais serviços, sendo evidente que seus dados foram usados indevidamente pela Banca“.
O Ministério Público de Roraima (MPRR) apresentou denúncia e determinou, ainda, oitiva do profissional e interrogou os outros psicólogos, bem como a Diretora Presidente do Instituto AOCP.
A ação pede ainda que não ocorram novas convocações até que a regularização devida da classificação de todos os concorrentes aconteça. Além de que o Governo de Roraima e a AOCP realizem uma nova 3ª fase do certame e que o MPRR continue acompanhando o caso.
Procurada, a AOCP afirmou que não houve fraude por parte da banca. Além disso, disse que a organizadora se mantém disposta a esclarecer qualquer questão aos órgãos públicos e à Justiça sobre o assunto. “Lembramos que o Instituto é uma organizadora séria, sólida, com larga experiência no segmento e comprometida com todos os trabalhos que se propõe”.
A reportagem também procurou o Governo de Roraima, que disse que ainda não recebeu notificação oficial sobre a ação.
Fonte: Da Redação
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