O Estado de Roraima tem a quinta maior população indígena do país, de acordo com os dados do Censo de 2022. Assim, conforme o IBGE, são mais de 97 mil pessoas que se autodeclaram indígenas. Ou seja, mais de 15% da população total do Estado.
E desde o ano passado, o Estado ganhou destaque como notícia nacional e internacional. Isso porque, a crise de saúde no território Yanomami mostrou a dificuldade para atender e proteger essa população que ainda vive de forma isolada.
Mas, enquanto os Yanomami são cerca de 27 mil habitantes, os demais povos vivem em comunidades com características bem diversas. Como as comunidades que ficam em Boa Vista, por exemplo. Elas têm o ensino da língua materna mas também usam a tecnologia para a comunicação e a educação. Esses povos, portanto, são bem diferentes dos Yanomami.
E foi nesses grupos que o trabalho do MDB-RR fez toda a diferença. Assim, com o apoio do presidente estadual do MDB-RR, Romero Jucá, muitos dos indígenas de Roraima conquistaram a sua autonomia e dignidade.
A criação de gado é uma atividade comum entre os indígenas locais. Para eles, o gado é fonte de alimento e de renda. E foi para ampliar esse trabalho que o MDB ajudou no maior projeto de desenvolvimento econômico para os povos indígenas do país.
Assim, mais de 10 mil cabeças de gado foram entregues entre todas as comunidades locais que aceitaram fazer parte do projeto. Só no Uiramutã, onde vive a maior população indígena do Estado, foram mais de 2 mil animais, de acordo com o presidente do MDB RR, Romero Jucá.
“A gente ouviu as lideranças e eles falaram da criação de gado como a atividade mais importante para as comunidades. Então, nós fomos atrás dos recursos. E, junto com a Funai, nós fizemos o projeto que atendeu a quase todos os povos indígenas locais”.
Além do gado, o projeto garantiu a assistência técnica por um ano. Assim, as comunidades ganharam as vacinas, os medicamentos e os materiais para os currais. Em contrapartida, eles não podiam abater ou vender os animais por três anos, o que ajudou no aumento do rebanho.
A comunidade do Raimundão, que fica em Alto Alegre, por exemplo, conseguiu o dinheiro para comprar uma caminhonete. Já na comunidade de Malacacheta, que fica no Cantá, o dinheiro do gado é como poupança que serve para todas as necessidades do grupo, como explica o Tuxaua José Ailton de Sousa.
“A questão do gado na nossa vida é de suma importância. Com ele, nós já compramos a carroça de trator, os utensílios da casa da fazenda, as telhas, o cimento, a areia, os tijolos e as bolas de arames. Ou seja, tudo veio do recurso próprio da comunidade através do nosso gado”.
Mas, além do gado, os povos indígenas tiveram o apoio para melhorar os serviços básicos. Assim, o Dsei Leste ganhou o seu primeiro polo de saúde. Ele fica em Normandia e atende a toda população da região da Raposa Serra do Sol.
Outra obra importante foi a construção da Casai de Boa Vista. O espaço recebe os pacientes que precisam vir para a capital para o tratamento de saúde. Desta forma, ela conta com dormitórios, ambulatórios e farmácia.
Com os recursos que Romero Jucá trouxe, muitas comunidades passaram a contar com novos serviços como a água encanada e o acesso à internet. Para os sistemas de água, foram mais de 200 melhorias, com a ampliação de sistemas já existentes e a implantação em outras comunidades.
Esse trabalho também fez a internet chegar a 45 comunidades. A internet substituiu o sistema de radiofonia das equipes de saúde, além de servir para o uso das comunidades. “São serviços que melhoraram a vida dos povos indígenas de todo o nosso Estado. Assim, elas seguem ajudando na geração de renda e dignidade para as nossas comunidades. E hoje, esses são alguns dos motivos para comemorar o Dia Nacional dos Povos Indígenas”.
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Fonte: Da Redação
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