Um morador, do bairro Senador Hélio Campos, em Boa Vista, cansado de esperar pela Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer) para solucionar problema de falta de água, resolveu perfurar o próprio poço artesiano em sua residência.
De acordo com o homem que preferiu não ser identificado, a água raramente chegava nas torneiras.
“Ano passado não tinha água nem no inverno e nem no verão. A água raramente aparece no bairro onde moro. Neste período, a conta só chegando e nada de água nem na torneira baixa. Tive então que comprar um motor para puxar a água de baixo”, explicou.
Como resultado, o morador explicou que a necessidade de ter a água em casa o levou a tomar a atitude de aplicar o dinheiro que economizava na perfuração do poço.
“Passaram meses e como eu tinha uma quantia guardada […] a necessidade chegou a esse ponto. Cansei de estar ligando para a Caer e nada de resolverem. Falaram que ia mandar equipe e até que estava com baixa pressão. Ou seja, Cansei. A conta sempre chega todos os meses e o produto que a gente paga, não recebemos”, explicou.
Assim, o morador cobrou posicionamento das autoridades responsáveis por fiscalizar a situação, já que existem diversas denúncias de moradores em diverso bairros que relatam a falta de água.
“Não é de hoje que isso acontece. São várias denúncias e reclamações. Não sei o motivo do poder público não fazer nada. Estão fazendo o consumidor de gato e sapato. Muitas vezes, as pessoas ligam em busca de solução, mas nada é feito. Acho que na casa dos parlamentares não falta água, pois são tantas denúncias e não fazem nada. É uma tristeza, porque a gente coloca essas pessoas para nos representar [na política] e quando a gente precisa, não fazem nada”, desabafou.
Do mesmo modo, o homem disse que o sentimento é de revolta. “É uma revolta, eu precisar tirar dinheiro do meu bolso que eu estava guardando. A água é essencial, não podemos ficar sem. Se você for depender da água por meio da Caer, vamos nos arrebentar”, finalizou.
Em 2022, o próprio Governo de Roraima anunciou a conclusão da implantação dos sistemas de abastecimento no bairro. Além disso, anunciou em 2023, que foram destinado mais de R$ 40 milhões para perfuração de poços, ampliação de rede e distribuição de água, a construção de novas sedes de maneira a universalizar o acesso água potável no estado. No entanto, os relatos sobre a falta de água e qualidade, permanecem em diferentes regiões da capital e também interior.
No João de Barro por exemplo, a Companhia inaugurou em setembro, o sistema de abastecimento com investimento de R$ 14 milhões. Contudo, existem relatos que o bairro fica dias sem a água nas torneiras.
O Ministério Público de Contas de Roraima (MPC), instaurou procedimento para apurar a falta de distribuição da água em outubro.
Na avaliação do procurador-geral de Contas, Dr. Paulo Sérgio Oliveira de Sousa, a escassez de água em Boa Vista causa um grave impacto na qualidade de vida dos cidadãos.
“Diante das numerosas reclamações recebidas, instauramos um Procedimento de Investigação Preliminar para garantir que a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima responda adequadamente. É essencial que os problemas de abastecimento sejam resolvidos com urgência, pois a falta desse serviço básico compromete a higiene, a saúde e o bem-estar de todos os moradores”, declarou o procurador.
Fonte: Rádio/93FM
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