A Campanha Agosto Lilás está intensificando as ações de enfrentamento à violência contra a mulher nas áreas rurais e comunidades indígenas de Boa Vista. Por meio da parceria com as secretarias municipais de Gestão Social (SEMGES) e Segurança, Urbana e Trânsito (SMST), a primeira a receber foi a comunidade Truaru da Cabeceira, que aconteceu nesta sexta-feira, 9, e contou com cerca de 150 moradores da região.
Durante o evento, as equipes da Coordenadoria da Vara de Violência Doméstica do Tribunal de Justiça, do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS) e da Patrulha Maria da Penha da Guarda Civil Municipal (GCM) forneceram informações sobre a Lei Maria da Penha, canais de denúncia e o funcionamento de medidas protetivas.
A dona de casa Aldenice dos Santos, 29, participou da ação e compartilhou sua experiência. Ela conta que há cinco anos foi vítima de violência doméstica, mas após denunciar o ex-companheiro, tudo na sua vida mudou.
“Sou grata por ser acompanhada pela equipe de psicólogos do CREAS e da Patrulha Maria da Penha, que me deram todo apoio naquele momento difícil da minha vida. Hoje, incentivo as mulheres a não se calarem e denunciarem quando se sentirem ameaçadas pelos seus companheiros”, disse Aldenice.
Conforme a gerente do CREAS-Centro, Ana Gabriela Bento, a ação acontece durante todo o ano, mas destaca que é intensificada na Campanha Agosto Lilás.
Ela ressalta que a ação estará no dia 23 de agosto, na Serra do Truaru, atendendo também moradores das comunidades do Morcego e Anzol.
“Trazemos essas ações para dentro das comunidades, visto que o acesso das mulheres para se deslocarem até a cidade é mais difícil. A nossa proposta é levar informação, conscientização, orientação e o combate de violência contra a mulher. Pois sabemos que esse tipo de crime pode ocorrer em todos os lugares possíveis”, afirmou a gerente.
A integrante do Patrulha Maria da Penha, Jessyka Pereira, explica o trabalho feito na fiscalização de medidas protetivas. E reforça a população pode denunciar qualquer tipo de violência contra a mulher por meio dos canais 180. Ou então pela Central da Guarda Civil Municipal (95) 98414-4413.
“Para quem vive no campo e comunidades indígenas, também orientamos a pedir ajuda a uma pessoa de confiança, seja o tuxaua ou parente, para que a vítima denuncie o agressor aos órgãos competentes”, orientou Jessyka.
Fonte: Da Redação
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