Em razão da emergência ambiental, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) enviou cinco veterinários especializados em reabilitação de animais silvestres em auxilio no atendimento aos botos no Lago Tefé, no Amazonas. A equipe do Centro de Triagem do Ibama desembarcou na quinta-feira e vai trabalhar em conjunto com outros órgãos que já atuam na emergência ambiental. Até a última contagem, na quarta-feira (4) foram encontrados mais de 140 botos e tucuxis mortos.
Um comando de incidentes foi instalado em Tefé, com a coordenação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Há o apoio de diversas organizações, entre elas o Instituto Mamirauá e o Instituto de Proteção Ambiental da Amazônia (IPAAM).
Ações
Assim, as ações estão concentradas no monitoramento dos indivíduos vivos e recolhimento e necrópsia das carcaças. Além de coleta de amostras para análise das possíveis causas do incidente e outras variáveis ambientais.
Cabe destacar que protocolos sanitários têm sido adotados para a destinação das carcaças. Alguns animais estão feridos pelas lâminas dos barcos a motor, pois não há profundidade para mergulharem o suficiente para escapar das hélices. Dessa forma, o ICMBio segue reforçando as ações para proteger as espécies, informou o órgão ambiental.
Também está sendo realizado diariamente o monitoramento da temperatura da água, que ultrapassa 39º graus em alguns pontos do lago. A água muito quente pode reduzir o oxigênio dissolvido e, ao mesmo tempo aumentar a taxa respiratória dos peixes. O que afeta o metabolismo e provoca morte por asfixia.
Além disso, o ICMBio informou que a capitania dos Portos de Tefé está apoiando na fiscalização, ordenamento e desobstrução do lago. O que para facilita a passagem dos animais em busca de trechos mais profundos o que evita o agravamento da crise.
Por fim, de acordo com o instituto, outro incidente está sendo acompanhado em Alto Juruá, envolvendo uma grande mortandade de peixes.