Associação diz que tentou informações com a Funai, mas não foi recebida - Foto: Arquivo pessoal
A Fundação Nacional do Índio (Funai) tem se negado a informar onde um avião caiu na Terra Yanomami, em Roraima, no dia 4 de agosto.
A afirmação é da presidente da Associação dos Garimpeiros Independentes de Roraima (AGIRR), Isa Carine.
Isa disse que não conseguiu atendimento na Funai, mas uma fonte a informou que a instituição tem informações precisas sobre a localização da aeronave.
“Descobrimos por uma fonte segura que eles sabiam da queda do avião, bem como praticamente o ponto da queda, mas não informam à família, não prestam esclarecimento, nem nos recebem”, fala.
Conforme a representante, ela foi informada de que indígenas ouviram o barulho da queda e da explosão.
O filho de uma das vítimas do acidente, William Oliveria, disse, em vídeo divulgado nas redes sociais, que a Funai sempre soube do acidente, contudo, não informou às autoridades nem à família.
Ele disse ainda que pretende realizar as buscas por conta própria.
“Se não tomarem providências, eu e as nossas famílias iremos ao local, colocando nossas vidas em risco. Peço ajuda policial e de todos os órgãos de Roraima”, declarou.
O avião ia para a comunidade Homoxi, onde existe uma área ilegal de garimpo, no dia 4 de agosto.
Estavam no voo o piloto Cristiano Nava da Encarnação, de 32 anos, o mecânico Wallace Gabriel Lopes, de 24 anos, e o dono do avião, Antônio José de Oliveira da Silva, de 46 anos.
As buscas tinham sido suspensas pela Força Aérea Brasileira (FAB) no dia 15 de agosto, mas foram retomadas pelo Corpo de Bombeiros dois dias depois.
Uma equipe com quatro bombeiros especialistas em busca terrestre esteve perto do local indicado pelos últimos sinais de GPS da aeronave.
A região é de difícil acesso, em uma área de mata fechada. Até o momento, a equipe não obteve êxito.
O irmão de uma das vítimas compareceu ao Corpo de Bombeiros no dia 18 de agosto para informar que um helicóptero, contratado pela família, foi alvo de tiros enquanto fazia uma busca particular.
Segundo ele, ao ver uma clareira e fumaça, o helicóptero tentou se aproximar para ver se eram as vítimas desaparecidas. Porém, vários tiros foram disparados.
O jornal entrou em contato com a Funai, mas não recebeu resposta até o fechamento da matéria.
Por Rosi Martins
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