Governo retoma processo de contratação após nutricionistas da Saúde rejeitarem empresa

Fachada Sesau – Foto: Arquivo/Roraima em Tempo/Edinaldo Morais

A empresa “Meio Dia” concorre a licitação para fornecer alimentação às unidades de Saúde do Estado. Embora nutricionistas tenham rejeitada a empresa, o governo estadual retomou o processo de contratação após um recurso. Dessa forma, a empresa segue responsável pela alimentação.

Conforme o documento de avaliação, a “Meio Dia” não tem a documentação necessária e nem fornece comida de qualidade. A comida, inclusive, é alvo de protestos de técnicos em enfermagem por ser “ruim” e “repetitiva”.

O Roraima em Tempo tenta contato com a empresa.

Em setembro do ano passado, a empresa foi notificada para que deixasse as dependências das cozinhas do Hospital Geral de Roraima (HGR) e do Hospital das Clínicas, ainda conforme o documento. A empresa fornece alimentação para pacientes e servidores.

O Roraima em tempo teve acesso a documentação em que consta que a notificação elaborada após relatório dos nutricionistas.

Entretanto, a empresa recorreu no pregão eletrônico e o governo deu provimento ao recurso com o objetivo de torna-la habilitada a prestar novamente serviços aos hospitais.

“Por atender aos requisitos de tempestividade, merece ser conhecido, contudo, no mérito, pelos fundamentos delineados na análise das razões alegadas, DOU PROVIMENTO ao referido recurso.” cita trecho do documento.

Governo fornece comida de ‘qualidade duvidosa’

Um servidor que não quis ser identificado, denunciou a qualidade da comida oferecida no HGR.

De acordo com ele, a alimentação é de má qualidade.

“Sempre ofertaram um feijão e um arroz cozido só com sal e sempre é peito de frango cozido. Não é a comida é si mas a forma como ela é preparada que não tem qualidade, não é uma coisa que é feita com gosto e com prazer”. explicou”

Ainda de acordo com o servidor, as marmitas ainda vem com pedaços de outros materiais dentro, além de que a qualidade da alimentação poderia até prejudicar a recuperação dos pacientes internados no local.

“Para os pacientes, as marmitas ficam fechadas e acontece o processo de abafamento. A comida acaba esfriando e facilita a proliferação de bactérias, porque ali vai comida quente e fria.”

O servidor ainda propõe que o governo pague um auxilio alimentação aos servidores ao invés de fornecer as refeições.

“Assim como fez a prefeitura de Boa Vista, os servidores da saúde tem a opção de comer ou receber o auxílio alimentação […] Seria bem mais em conta do que pagar um contrato absurdo e caro que essa empresa recebe do estado pra prestar um serviço de má qualidade pra gente”.