Cidades

ICMBio promove “Um Dia no Parque” e aproxima público da importância das Unidades de Conservação em Roraima

O Parque Nacional do Viruá, em Caracaraí, recebeu visitantes curiosos que integraram uma visita especial à um cenário rico da biodiversidade roraimense. A ação integra uma mobilização nacional intitulada “Um Dia no Parque – Protegendo o que nos conecta”, promovida pelo ICMBio Roraima. O encontro reuniu visitantes para uma experiência imersiva na floresta, de modo que compreendessem o papel estratégico das Unidades de Conservação (UCs) na proteção dos recursos naturais e no combate às mudanças climáticas.

De acordo com a organização da visita, a programação incluiu palestras, exibição de vídeos, jogos interativos e caminhada em trilhas, com café da manhã e lanches oferecidos aos participantes. Para as primeiras 15 inscrições, o ICMBio disponibilizou transporte gratuito de Boa Vista até a sede do parque.

Segundo a analista ambiental Havana Maduro Viana, o objetivo das visitas é fortalecer o vínculo da sociedade com as áreas protegidas. “As pessoas muitas vezes não sabem que a água que bebem pode nascer dentro de uma Unidade de Conservação. Além disso, esses espaços regulam o clima, abrigam espécies ameaçadas e sustentam atividades extrativistas como castanha e açaí. O Viruá, por ser de fácil acesso, é a nossa porta de entrada para apresentar também as demais UCs de Roraima”, explicou.

O Parque do Viruá é conhecido como o “Pantanal Setentrional” e tem como propósito conservar o habitat de aves migratórias, onças-pintadas, veado-caribenho, macacos e até esquilos, que podem ser avistados nas trilhas e na chamada “Estrada Perdida”, antigo traçado da BR-174. Ou seja, uma estrada que hoje corta a área alagável do parque. A unidade conta com alojamentos, área de camping e estrutura em expansão para fomentar o ecoturismo.

No momento, a estrutura do Parque está sendo ampliada para incentivar o ecoturismo e garantir que os visitantes conheçam as UCs com segurança e conforto. Portanto, estão em construção dois novos alojamentos e um auditório, que servirá para cursos, capacitações e reuniões com a sociedade. Atualmente, o parque já conta com dois alojamentos prontos e uma área de camping equipada com cinco tablados para barracas, banheiros e quiosque para preparo de refeições, onde o visitante pode utilizar fogareiro próprio. “O Viruá é a unidade que estamos estruturando melhor justamente pela facilidade de acesso. É uma forma de fortalecer e fomentar o ecoturismo”, completa a analista ambiental.

“Todos deveriam conhecer o Viruá”

Para o estudante Gabriel Cavalcante, que participou da visita guiada, a experiência foi marcante. “A trilha até o mirante é difícil, desafiadora, mas permite observar a natureza em detalhe, a floresta é enorme, a perder de vista. Vimos espécies que eu nunca tinha visto e percebemos como a preservação mantém o ecossistema vivo. Todos deveriam conhecer o Viruá para entender o que a conservação é capaz de fazer”, relatou.

Ainda de acordo com Gabriel, essa é uma oportunidade de tomar consciência sobre a dimensão da Amazônia. “Ali é uma área que é preservada, que tem um trabalho muito grande e a gente vê esses resultados. A gente consegue lá perceber que, tendo esse cuidado, muita coisa consegue crescer e muitas espécies conseguem sobreviver em um lugar.”, complementou.

Criado pela Portaria ICMBio nº 178/2018, o Núcleo de Gestão Integrada (NGI) Roraima administra oito Unidades de Conservação (UCs) federais que inclui os parques nacionais do Viruá, Serra da Mocidade e Monte Roraima. Além dos parques, também há as florestas nacionais de Roraima, do Parima e de Anauá. Por fim, as estações ecológicas de Maracá e de Niquiá. Juntas, essas áreas representam quase 10% do território do estado.

Além de integrar o Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA), o NGI Roraima atua no enfrentamento a ilícitos ambientais e na promoção do uso sustentável, conciliando conservação e geração de oportunidades econômicas, como o ecoturismo.

A iniciativa “Um Dia no Parque”, é uma forma que o ICMBio encontra para reforçar a preservação. A Amazônia não é apenas proteger a fauna e a flora, mas também garantir qualidade de vida e equilíbrio ambiental para as próximas gerações.

Fonte: Da Redação

Beatriz Prill

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