Familiares de uma idosa identificada como Maria do Socorro Saraiva, de 75 anos, denunciaram nesta segunda-feira (30) que a paciente ficou com o braço necrosado após negligências no atendimento médico no Hospital Geral de Roraima (HGR).
De acordo com a sobrinha da idosa, Maria Aparecida, a idosa deu entrada no HGR no dia 7 desse mês após um acidente doméstico. Ela ficou dois dias na área do Trauma e depois foi transferida para a ‘Área Verde’ do hospital.
“Ela passou mal em casa, e perdeu as forças nas pernas e caiu. Quando ela caiu, bateu o braço na parede e criou um hematoma, arroxeado. Eu coloquei ela na cadeira, quando fui dar água, ela não conseguia mexer o braço, então, chamamos o Samu“, explicou.
Além disso, a mulher ressaltou que no hospital foi descoberto que a idosa sofreu um infarto. No entanto, a equipe estava tratando o caso como se fosse apenas infecção urinária. Logo, a paciente estava recebendo anticoagulante para evitar que ocorresse outro infarto. Somente depois de uma ressonância que diagnosticaram a idosa com ataque isquêmico transitório, ou micro AVC.
Do mesmo modo, Maria Aparecida afirmou que a cada avaliação médica que a tia passava, ocorria um diagnóstico diferente para o problema da paciente.
“A minha tia não senta, não come sozinha e está de sonda em razão desse AVC. Logo, comecei a ver que o braço dela estava ficando vermelho. O tratamento que recebemos lá é desumano. Pedi para chamar um médico porque lá só tem enfermeiro. Todo dia vinha um médico diferente e dava um diagnóstico diferente. Todo dia uma história diferente e o problema piorando” disse.
Em uma das avaliações com um cardiologista e um vascular, os familiares receberem a notícia de que o braço da idosa estava piorando em razão do anticoagulante que haviam prescrito para ela. Como resultado, o braço necrosou. “O que foi tudo isso? negligência. Eles demoraram para levar alguém especializado. Demoraram muito para tomar uma atitude”
A reportagem entrou em contanto com com a Secretaria de Saúde (Sesau) para posicionamento sobre o caso. Por meio de nota, a Sesau negou as denúncias e disse que o hematoma da paciente acabou evoluindo com piora clínica, e que posteriormente foi necessário o desbravamento pela equipe da cirurgia vascular.
Fonte: Da Redação
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