Em RR, indígenas atendidos pela Operação Acolhida são vacinados contra Covid-19

Indígena da etnia Warao Maria Fabíola Zapáta recebebndo cuidados de saúde - Reprodução/Facebook/Operação Acolhida

Segundo Força-Tarefa, atendimento é uma orientação do Ministério da Saúde e deve imunizar 754 indígenas

Os indígenas venezuelanos das etnias Warao, Eñepá e Pemon começaram por imunização no sábado (19) contra a Covid-19. Eles receberam atendimento pela Operação Acolhida em Roraima.

Do mesmo modo, a ação tem o apoio do Ministério Público Federal (MPF). Além disso, do Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) e da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

Em alusão ao início da campanha do grupo, a primeira imunizada foi a indígena da etnia Warao, Maria Fabíola Zapáta. Aplicaram a dose no Núcleo de Saúde da Acolhida (NSA), no bairro 13 de setembro, espaço voltado exclusivamente aos imigrantes.

Conforme a Acolhida, 754 indígenas residentes em Boa Vista passarão por imunização. Eles estão nos abrigos indígenas do Jardim Floresta, Pintolândia, Tancredo Neves e Nova Canaã.

ORIENTAÇÃO PARA VACINAÇÃO INDÍGENA

Conforme o Exército, que coordena os trabalhos da Força-Tarefa, o atendimento é uma orientação do Ministério da Saúde.

“A iniciativa segue o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde que tem como objetivo principal a proteção dos desassistidos e de pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença”, explicou.

A Força-Tarefa informou que a quantidade de vacinas disponibilizadas pela Secretaria de Saúde de Roraima já servem para imunizar todos os indígenas residentes em abrigos de Boa Vista.

Nesse sentido, a campanha deve seguir para os indígenas do Janokoida, em Pacaraima, e, posteriormente, para os assistidos em Manaus, no Amazonas, com a chegada e o repasse de novas doses.

No total, 903 indígenas, nos dois estados, estão aptos para receber a vacina.

MIGRAÇÃO

Segundo o Ministério da Cidadania, mais de R$ 80 milhões foram investidos entre março e julho deste ano, para promover ações socioassistenciais e inclusão socioeconômica dos estrangeiros.

Dessa forma, estima-se que mais de 200 mil venezuelanos tenham entrado no Brasil pela fronteira de Pacaraima, município localizado na região Norte de Roraima.

Josué Ferreira