Os indígenas que foram atacados à tiros por garimpeiros na Comunidade Uxiu localizada na Terra Yanomami, em Roraima, no último sábado (29), realizavam cerimônia fúnebre. As informações são da Hutukara Associação Yanomami.
Conforme a Hutukara, as três vítimas estavam às margem do Rio Mucajaí participando da cerimônia chamada ‘reahu’. De repente um barco com seis garimpeiros passou pelo local e fez os primeiros disparos com arma de fogo contra eles.
Conforme o relato, entre o grupo de indígenas haviam mulheres e crianças. E, neste momento, a primeira vítima recebe um tiro na cabeça. Na sequência, um garimpeiro fez outro disparo agora vindo do meio do rio. Do mesmo modo, eles seguiram pelo rio.
Assim, um grupo de indígenas começou uma perseguição aos garimpeiros em um barco. No entanto, os garimpeiros dispararam novamente contra os indígenas e então outras duas pessoas ficaram feridas. Logo, outro barco da comunidade socorreu as vítimas. Um helicóptero levou os três para o Centro de Referência em Sururucu. No entanto, um deles não aos ferimentos e morreu.
Ainda conforme a Hutukara, os relatos apontam que os garimpeiros estavam embriagados e armados com armas calibre 380. Os vestígios coletados pelos indígenas estão com a Polícia Federal (PF).
Além disso, para passar pela comunidade que foi atacada, os garimpeiros embarcaram em um porto ilegal conhecido como ‘Sitio 14’. Todavia, é necessário passar pelo posto de fiscalização da Funai e por diversas outras comunidades. Depois disso os garimpeiros seguiram para uma área de garimpo chamada ‘garimpo do Rangel’. Logo, dois garimpeiros que estavam no barco, seriam conhecidas dos agentes públicos de fiscalização.
Nesse sentido, o barco tem autorização para transitar na região. Por outro lado, a autorização para retirar pessoas ilegais da região já venceu quando o espaço aéreo também foi fechado. Lembrou a Hutukara.
As lideranças indígenas informaram da Comunidade Uxiu já se organizaram. Elas disseram que caso qualquer barco com garimpeiros passe pela região, elas vão atacar. Por fim pedem que as autoridades se manifestem diante do ocorrido.
Além disso, lembrou que embora ocorra ações de combate ao garimpo ilegal na região, os indígenas que vivem na Terra Yanomami ainda sofrem com surtos de doenças, ataques, e explorações no território.
Fonte: Da Redação
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