Foto: Léo Costa/Semuc/PMBV
A agricultura familiar de Boa Vista, vem colhendo bons frutos desde a implantação do maior programa de incentivo a agricultura familiar de Roraima, o Plano Municipal de Desenvolvimento do Agronegócio (PMDA), criado em 2018. Assim, o Município já investiu quase R$ 28 milhões e atendeu mais de 1.100 famílias que trabalham no campo.
Por meio do PMDA, a prefeitura acompanha todas as etapas nas lavouras, desde a preparação do solo, plantio, até o escoamento da produção agrícola, com todo suporte e assistência técnica. São mais de 100 maquinários à disposição das áreas rurais e indígenas. Dessa forma, a proposta é que o produtor possa plantar no período indicado, com a melhor condição de solo para o desenvolvimento de cada cultura. Em seis anos, o município já viabilizou 2.971 hectares de diversas culturas.
O programa garante o custeio agrícola para que os pequenos produtores recebam insumos, com desconto de 50%. Além disso, faz o reinvestimento em maquinários, implementos agrícolas e equipamentos para mine agroindústrias com o percentual de 30% do que o agricultor paga. Este valor retorna como linha de crédito para as cinco cooperativas da agricultura famimliar de Boa Vista, onde cada produtor é filiado.
“A prefeitura tanto investe no setor da agricultura familiar como também reinveste com os próprios recursos que são aplicados pelos produtores assistidos no município. Somados os anos de 2021 e 2022, a prefeitura fará um reinvestimento para as cooperativas que deve ultrapassar R$1 milhão. Essa é nossa proposta, fortalecer cada uma delas, para que possam melhorar o atendimento dos agricultores filiados”, disse o prefeito.
No primeiro semestre de 2023, foi feita a distribuição de insumos como: sementes, NPK, fósforo, ureia e cloreto de potássio, com foco voltado principalmente para o plantio de grãos, como o milho e feijão. Já no segundo semestre, o foco será o atendimento ao plantio de culturas irrigadas de batata-doce, melancia, melão, bem como macaxeira, banana, citros (laranja e bergamota) e também hortaliças em geral.
Para aumentar a produtividade, melhorar a qualidade dos alimentos produzidos no município, além de inovar as técnicas agrícolas a gestão vai promover a Maior Feira da Agricultura de Roraima, a AGROBV2023, entre os dias 28 a 30 de julho. O evento contará com a participação de 44 empresas, além de 20 barracas com produtos provenientes da agricultura familiar.
Em 2022, a feira chegou a receber mais de 22 mil pessoas e nessa edição a expectativa é receber um público ainda maior. Este ano, serão nove talhões de diversos tipos de cultivares, plantadas em 22 hectares no Campo Experimental, dentre eles: milho, soja, hortifrútis e claro, assim como o tradicional campo de girassóis.
“Só no primeiro semestre deste ano, já investimos mais de R$ 4 milhões em insumos, máquinas e implementos na agricultura familiar. E para fortalecer ainda mais esse setor, estamos promovendo a AGROBV2023, que busca atender do pequeno ao grande produtor. O evento se tornou uma grande vitrine de tecnologia, onde as empresas do ramo apresentam uma variedade de culturas e segmentos para que o agricultor veja o que se pode plantar na sua região”, disse o prefeito.
Lançado este ano, os primeiros contemplados foram os produtores da Comunidade Serra da Moça que denominou como Projeto de Piscicultura Moro-Morí. As 12 famílias responsáveis pelo projeto na região receberam 1.080 alevinos de tambaqui e todo o aparato necessário para o manejo da produção.
Agora o projeto se estende às demais comunidades indígenas. A prefeitura contempla todas as etapas, desde a escavação dos tanques, capacitação dos produtores, fornecimento dos materiais para o controle d’água, dos alevinos, rações, além da assistência técnica continuada até a despesca.
Irrigação Fotovoltaica: Uma técnica inédita em Roraima chegou para inovar a produção em Boa Vista por meio do Sistema de Irrigação Fotovoltaica, que dispõe de alta tecnologia e sustentabilidade na geração de energia limpa e renovável por meio de placas solares. Uma técnica que gera também economia ao bolso do agricultor. Dos 35 primeiros kits adquiridos, cinco foram destiados para as áreas indígenas e a primeira contemplada foi a comunidade Darôra.
Casa de Farinha Móvel: Este é outro equipamento inovador que trouxe novas alternativas de produção em áreas indígenas. Com ela, os produtores conseguem processar até 1 tonelada de mandioca por dia e produzirem a farinha de forma prática. A primeira foi entregue este ano na comunidade Campo Alegre para atender 13 comunidades da Região do Baixo São Marcos. A segunda será entregue até o final do ano para atender a região do Murupu. Os produtores receberão capacitação técnica para o manuseio dos equipamentos.
O evento promovido em março deste ano trouxe novidades e alternativas inovadoras ao produtor roraimense. Foi apresentada uma variedade de culturas irrigadas produzidas no verão e o público pôde conhecer os experimentos, observando o comportamento das cultivares.
Fonte: Da Redação
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Como faço pra ser participante desses projetos