Abril é considerado o ‘mês azul’ em alusão a conscientização mundial do Transtorno do Espectro do Autista (TEA), um transtorno do desenvolvimento neurológico que pode gerar dificuldades na comunicação, interação social e mudanças de comportamento.
Maria Inês Pereira, de 35 anos é mãe do adolescente Anderson Leonardo, de 14, diagnosticado aos 5 com autismo. Conforme ela, o diagnóstico e o tratamento precoce contribuíram para o desenvolvimento do rapaz.
“Eu nunca tinha ouvido falar em autismo, foi justamente quando ele começou a estudar que veio o diagnóstico. A professora me chamou em particular e falou que ele apresentava uma dificuldade. Foi uma corrida contra o tempo atrás de consulta enfrentando fila mas com a graça de Deus conseguimos o diagnóstico”, explicou a mãe.
A mãe também falou sobre a importância de apoio no tratamento do filho durante as etapas do seu desenvolvimento
Sou muito grata a cada profissional da escola por onde ele passou, tenho um eterno carinho por todos, até hoje na escola onde ele começou a estudar que foi na escola Municipal Pequeno Polegar, todos perguntam como ele está. Para nós, é muito gratificante”
Desde então, Leonardo passou a ser acompanhado por uma equipe de profissionais.
“Hoje ele faz acompanhamento na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), é atendido no centrinho CMIEE [Centro Municipal Integrado De Educação Especial] fez acompanhamento com psicóloga, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e teve um bom desenvolvimento.
No entanto, a falta de cuidadores na Escola Estadual 13 de Setembro privou o jovem do contato com a sala de aula.
Conforme a mãe, Leonardo tem vontade de ir a escola, mas sem o auxilio de uma profissional ele pode ficar isolado devido a dificuldade de interação que o transtorno impõe.
“No momento, ele não está indo para a escola porque não tem cuidador pra ele. Leonardo sabe ler e eles [a direção da escola] dizem que não podem fazer nada sobre a falta de cuidadores.”
A reportagem procurou o governo de Roraima que por meio de nota, disse que realizou um Processo Seletivo para contratação de cuidadores de alunos. A contratação e a lotação dos convocados será realizada nos dias 11, 12 e 13 de abril.
Inês reconhece que nem todos os dias são fáceis, no entanto, a maior alegria é saber que valeu a pena cada esforço para ver o desenvolvimento do filho.
“Nem todos os dias é um mar de rosa pelas dificuldades que passamos quando estão doentes. Costumo dizer que o nosso mundo não é só azul e sim um mundo colorido como um arco-íris.”
Leonardo é fã de músicas antigas, e de acordo com a mãe, o jovem sabe o nome dos compositores e de todos os componentes da banda que se interessa.
“O Hobby dele é escuta música antigas. Sabe o nome dos autores, das bandas, dos cantores […] O preferido é Mastruz com Leite. Matemática também é com ele.”
De acordo com a Prefeitura de Boa Vista, a educação inclusiva é um modelo pensado e implementado de direito. A rede oferece vagas para alunos com necessidades especiais em todas as escolas do município, garantindo a matrícula para este aluno na unidade mais próxima de sua residência conforme lei municipal.
Ainda conforme a prefeitura, existem cerca de 407 alunos diagnosticados com o TEA e matriculados na rede de ensino municipal da capital.
Atualmente, 1.220 alunos da educação especial são atendidos nas Salas de Recursos Multifuncionais. Em torno de 871 tem algum tipo de deficiência física, intelectual, auditiva, visual, transtornos globais de desenvolvimento e com altas habilidades.
Na capital, a prefeitura desenvolve projetos como o programa ‘Tix letramento’ buscando oferecer recursos tecnológicos pedagógicos, para o desenvolvimento educacional dos alunos com necessidades especiais.
Existe também o CMIEE, que oferta serviço multidisciplinar aos alunos público-alvo da educação Especial da rede pública e privada. A equipe é composta por Pedagogos, Assistentes Sociais, Terapeutas Ocupacionais, Fisioterapeutas, Psicólogos e Fonoaudiólogos. Eles ajudam e acompanham o desenvolvimento dessas crianças, ajudando a superar suas limitações.
Há também o Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência, um Centro de Atendimento Especializado. O local é administrado pela Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes).
Conforme o Governo de Roraima, 24 crianças com o TEA são assistidas no local, onde são oferecidos serviços de Fisioterapia, Fonoaudiólogia, Psicologia, Terapia Ocupacional e atendimentos Pedagógicos.
De acordo como o governo de Roraima, o Centro Integrado de Atenção à Pessoa Com Deficiência, realiza a emissão da Carteira do Autista o que pode auxiliar na identificação de pessoas com o transtorno.
Por fim, a população também pode buscar atendimento no Centro Especializado em Reabilitação Física e Intelectual (CER II).
Fonte: Polyana Giradi
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