Moradores da Vila Félix Pinto, no Cantá, interior de Roraima, procuraram a reportagem da TV Imperial nesta segunda-feira (2) e fizeram denúncias envolvendo a qualidade da água, educação e falta de médicos na comunidade.
Conforme a moradora, Maria Helena Hermínio, que reside no local há sete anos, a má qualidade da água tem afetado a rotina da família.
“Pela manhã preciso colocar um mangueiro na torneira, pois a água parece uma baba. Parece que existe um óleo que gruda no nosso cabelo. Essa água é péssima e presta apenas para cozinhar e lavar a roupa. Para beber, a gente toma do poço. Existem pessoas que precisam comprar a água pois ela faz é mal. Meu esposo foi na Caer, disseram que iam resolver e não fizeram nada. E, se a gente não pagar, eles cortam. Além disso, ficamos dias sem água e temos que tomar banho no igarapé”, explicou a mulher.
Do mesmo modo, a moradora Bruna Santos ressaltou o problema com a água. Ela também disse que ao procurar a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer), a desculpa é que houve um problema com a bomba de captação.
“A água está trazendo problemas principalmente para a parte da saúde. Não tem condições da gente usar essa água. Desde 2020 que ela vem piorando e do nada fica na cor amarela. Também falta água e dizem para a gente que ocorreu um problema na bomba e demoram para resolver. E, o resultado é que ficamos sem água para fazer comida ou tomar banho”, disse.
Adriana Calisto disse à reportagem que também não há médicos para atender os moradores da vila.
“Só existe uma médica para atender a vila e também as vicinais. Quando ela está de férias ou sai para fazer capacitação, não há médicos. Se os moradores quiserem atendimento, eles precisam ir até Boa Vista, ou então, ficam doentes, pois os enfermeiros não podem fazer o papel do médico. É um direito nosso e agora, meu filho está doente e não existe outro [médico] para substituir”, disse.
Além disso, Adriana lembrou que o filho foi diagnosticado com um parasita. Ela disse que mora somente há 4 meses na vila e teve que levar a criança para a capital para receber atendimento.
“Fui no hospital fizeram uma ressonância e diagnosticaram que ele estava com vermes. Isso aconteceu por conta da água que a Caer nos fornece. Não tem como lavar roupa, tomar banho ou muito menos beber. É um barro misturado com uma gordura que não tem condições de tomar. Nenhum ser humano merece tomar uma água dessa.”, disse.
Os moradores também reclamaram que os alunos das escolas do município não recebem fardamento escolar.
“Matriculei meus filhos na escola da Prefeitura e ouvi da diretora que não tem fardamento e que eu deveria comprar. Meus filhos então, vão pra escola sem fardamento e não é só eles, existem muitas crianças que também não tem. Gostaríamos que isso fosse esclarecido”, disse Bruna.
A reportagem procurou a Caer bem como a Prefeitura do Cantá para posicionamento sobre as denúncias.
Por meio de nota, a Companhia disse que o sistema de abastecimento de água na vila Félix Pinto, no município do Cantá está em pleno funcionamento. Entretanto, afirmou que faz o serviço rotineiro de descarga de ponta de rede no sistema de distribuição de água tratada na região.
Fonte: TV Imperial
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