Cidades

MPRR instaura inquérito para apurar irregularidades em contratações na Secretaria de Cultura do Governo

O Ministério Público de Roraima (MPRR) instaurou inquérito para apurar improbidade administrativa em contratos da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). O órgão publicou portaria nesta terça-feira (31).

Conforme o documento, o MPRR vai investigar irregularidades em pagamentos de artistas que não se apresentaram em eventos para os quais a Secult os contratou.

Em julho do ano passado, após denúncias de artistas, o MPRR abriu um procedimento para apurar o caso.

Denúncias

De acordo com denúncias feitas por artistas ao Roraima em Tempo, desde outubro de 2021, a classe notou irregularidades nos contratos para eventos da Secult. Entre as suspeitas estão os pagamentos em duplicidade, bem como de contratação de bandas que estão inativas.

Um dos contratos é de um evento do Governo, realizado em outubro de 2021. Das nove atrações, seis estavam contratadas para dois shows para o mesmo dia. Cada atração custou R$ 6 mil aos cofres públicos, totalizando R$ 96 mil.

No entanto, de acordo com o denunciante, uma das atrações não estava em atividade e outras alegam não ter recebido o valor correto pela apresentação.

“Eles achavam que tinham sido contratados pra fazer só uma apresentação. Quando eles foram ao Diário Oficial, viram que os nomes deles estavam com duas apresentações. Então eles ficaram chateados, por quê? Porque se sentiram enganados. Alguns deles alegam que na verdade a banda nem está mais em atividade e, mesmo assim, usaram o nome da banda deles para conseguir recurso”, denunciou.

Artistas prejudicados

Casos semelhantes já ocorreram em outros eventos. Em um deles, realizado em novembro de 2020, a Secretaria de Cultura do Governo contratou as mesmas três bandas para se apresentarem em dois dias de evento. No total, os contratos custaram R$ 36 mil.

“O que a gente gostaria de saber enquanto artista é do porquê que isso está acontecendo? Qual é a justificativa? Por que que está sendo feito o pagamento dessa forma? E por que que alguns artistas não estão sabendo, não estão sendo informados e o nome dele está sendo colocado como duas apresentações? Por que que essas pessoas não receberam?”, disse um dos denunciantes em maio do ano passado.

Citada

Por meio de nota a Secult disse que ainda não foi notificada sobre o inquérito. Disse ainda que, após a emissão da nota fiscal, o Governo tem prazo de 30 dias para pagamento, de acordo com o edital 01/2012. Por fim, explicou que o pagamento ocorre em nome do artista ou de representante, ou a empresa responsável escolhida pelo artista.

Fonte: Da redação

Rosi Martins

Recent Posts

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

Maior queda foi observada na Bahia, com recuo de 1,4 ponto percentual

2 horas ago

Escolas municipais conquistam 1º e 2º lugar no Prêmio Sebrae Tamanduá Bandeira

Trabalhos reafirmam o papel transformador da educação de Boa Vista na construção de um futuro…

3 horas ago

Prefeitura com Você reforça cuidado com a saúde do homem no Silvio Leite

Ação ocorre neste sábado, 23, no CRAS do bairro, oferecendo diversos serviços municipais à população…

3 horas ago

Arthur Henrique entrega 260 títulos definitivos para moradores de 35 bairros

A iniciativa busca garantir segurança jurídica, valorização dos imóveis e melhoria na qualidade de vida…

3 horas ago

Apostas enganosas: Ministério denuncia 25 canais online no YouTube

Sites recebiam dinheiro de apostadores e não pagavam prêmio prometido

5 horas ago

Veja 10 dicas para fazer compras seguras na Black Friday

Federação dos Bancos alerta que golpistas aproveitam período para criar lojas falsas em redes sociais…

7 horas ago