Acolhimento, atendimento humanizado e proteção é o que a Patrulha Maria Penha oferece às mulheres de Boa Vista. O grupamento da Guarda Civil Municipal está na linha de frente contra a violência doméstica na cidade, garantindo a saúde física e mental das vítimas assistidas pelas equipes.
Conforme a Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Trânsito (SMST), a Patrulha Maria da Penha atendeu mais de 1.500 mulheres, só em 2022. No entanto, até novembro deste ano, o grupamento já atendeu 2.056 mulheres com medida protetiva. Além disso, ano passado, a equipe fez pouco mais de 6 mil visitas na casa dessas vítimas. Em 2023, já foram mais de 10 mil visitas na capital. Há explicação para isso.
“As mulheres estão tendo acesso à informação, se encorajando e denunciando. Por isso o número de casos e de medidas protetivas está aumentando. Hoje as vítimas sabem que existe a Lei Maria da Penha, uma rede de proteção e a Patrulha Maria da Penha, com atendimento específico através da Guarda Civil Municipal”, ressaltou a GCM Jessyka Pereira.
Uma vítima (que não ser identificada por motivo de segurança), denunciou o enteado após sofrer ameaças e perseguições. Com medida protetiva expedida pela justiça, ela recebe visitas regulares da Patrulha Maria da Penha em casa há um mês. “Desde o momento da denúncia eu fui bem acolhida. A Patrulha me orienta, que é o principal, e ainda disponibiliza um telefone 24 horas à disposição. Sou grata. Me sinto protegida e mais segura”, contou.
Assim, a guarda civil Jessyka ressalta que há vários tipos de violência que podem ser cometidos contra mulheres: como física, psicológica, patrimonial, moral. Todas tem reconhecimento pela pela Lei Maria da Penha, no entanto, a violência psicológica costuma ser a porta de entrada para as outras.
“A lei Maria da Penha protege a mulher de qualquer tipo de violência. Independentemente de quem seja o agressor, se vítima for uma mulher, ela será amparada. Portanto, se você que é mulher está passando por violência doméstica, quebre esse ciclo e denuncie”, orienta Jessyka.
Do mesmo modo, a Patrulha Maria da Penha tem feito uma série de ações para combater qualquer tipo de violência contra as mulheres e acolher as vítimas. Entre elas estão as palestras nos projetos sociais da Prefeitura de Boa Vista, campanhas de sensibilização e visitas às escolas públicas municipais da área urbana e da zona rural da cidade.
Assim, a Patrulha em Boa Vista foi a segunda criada no Brasil. Em setembro de 2015, uma parceria da Prefeitura com o Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) resultou na implantação deste serviço essencial para as mulheres vítimas de violência doméstica.
Nesse sentido, o grupamento garante o cumprimento das medidas protetivas de urgência (MPU), expedidas pelo poder judiciário. A equipe composta por 17 agentes da Guarda Civil Municipal possui duas viaturas com identificação visual personalizada para uso exclusivo da Patrulha Maria da Penha.
Por fim, as vítimas podem fazer a denúncia na delegacia. Em caso de ocorrência de violência, pode ligar para a central da Guarda Civil Municipal por meio do número 4009-9355 ou para o 190 e pedir apoio a Polícia militar. Neste caso, é importante enfatizar a gravidade e urgência da situação.
Fonte: Da Redação
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