Pesquisadores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR) se uniram para para criação, produção e encaminhamento de adaptadores para a filtragem de água no Rio Grande do Sul, que passa agora por um processo de recuperação após fortes chuvas.
A iniciativa é do professor Vagner Martins ao sabe que pesquisadores, estudantes e profissionais já estão nesta causa.
Para isso, junto com o estudante Carlos Henrique Belém Lopes, estudou o projeto chamado H2Obah (H2O – fórmula da água + Bah – termo gaúcho para várias situações). E assim, se concentrou na viabilização da fabricação do material em Roraima também.
Segundo Martins, o H2Obah é um adaptador criado por impressora 3D para um filtro de cerâmica ou carvão ativo. Ele se conecta a uma garrafa PET ou recipiente qualquer, como um balde ou sacola de supermercado. O que facilita o acesso à água para consumo rápido.
“Como já tínhamos um laboratório de impressão 3D, o nosso IFMaker, tivemos apenas que adquirir o filamento e os elementos cerâmicos filtrantes para a fabricação dos kits. Imprimimos 32 adaptadores em ABS. Eles vão ser enviados, com o elemento filtrante e um manual de utilização, para o Rio Grande do Sul”, informou o professor.
Ele esclareceu ainda que o funcionamento do kit do IFRR possui comprovação de filtragem com as velas. Isso, conforme consta nas embalagens e nas verificações do Instituto Nacional de Metrologia .
“Esse sistema oferece água potável a milhares de pessoas rapidamente com custo muito baixo”, observou.
Assim, a aquisição dos elementos em cerâmica para a filtragem ocorreu com recursos próprios e contou com o apoio do diretor-geral do campus, professor Isaac Sutil.
“Para além do nosso apoio institucional com a estrutura que já temos com nosso laboratório IFMaker, que sempre está disponível para ações de inovação e pesquisa no nosso campus, mas, sobretudo, para contribuir para a nossa comunidade e também para as demais comunidades de todo o Brasil, parte do recurso, que não tínhamos disponível para atender de imediato à ideia trazida pelo professor, ocorreu por nossa própria iniciativa, por questão de boa vontade, porque entendemos que devemos, sempre que pudermos, atuar no âmbito institucional, mas jamais deixar de contribuir também para os cidadãos. Então, juntamos o que pudemos para adquirir a parte que faltava e levar essa importante ação à frente”, declarou Sutil.
Concluída a fabricação, o grupo agora se concentra no envio do material para o Rio Grande do Sul. Para isso, alguns contatos com instituições daquele estado estão sendo realizados visando buscar a melhor maneira de envio e chegada desse material para as pessoas que mais precisam.
Fonte: Da Redação
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