Projeto Maria Vai à Escola promove ações do Agosto Lilás em 11 escolas de Boa Vista

Durante o Agosto Lilás, mês de conscientização e prevenção da violência contra a mulher, o Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), por meio da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica (CEVID), está realizando uma série de atividades educativas com o Projeto Maria Vai à Escola (MVE).

A iniciativa acontece em parceria com a Prefeitura de Boa Vista, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SMEC), e pretende alcançar aproximadamente 1.800 alunos da rede municipal de ensino, em 11 escolas da capital.

Desde sua criação, em maio de 2015, o projeto se consolidou como uma política pública permanente nas escolas. Ele promove reflexões sobre igualdade de gênero, direitos humanos e enfrentamento à violência doméstica. Além disso, a metodologia inclui seis aulas interativas. Elas estimulam o pensamento crítico e incentivam o diálogo entre os estudantes, com o objetivo de desconstruir comportamentos violentos desde a infância.

Programação especial no Agosto Lilás

Entre os dias 1.º e 15 de agosto, o projeto será adaptado, com palestras educativas que condensam os principais temas em um único encontro. As atividades acontecem nos dois turnos das 11 escolas participantes, abrangendo 60 turmas.

Na sequência, de 26 de agosto a 12 de setembro, o projeto ganhará uma programação especial de 10 anos. Isso com destaque para a Escola Laucides Inácio de Oliveira, primeira unidade a receber o MVE em 2015.

Resultados expressivos e alcance ampliado

Até o primeiro semestre de 2025, a versão regular do Maria Vai à Escola já alcançou 4.738 estudantes em 34 escolas municipais. Já o modelo em formato de palestra, implementado nos últimos dois anos, beneficiou cerca de 3.700 alunos em 27 escolas. Com as ações do Agosto Lilás, esse número deve crescer ainda mais.

Do mesmo modo, os temas abordados incluem papéis sociais de homens e mulheres, novos arranjos familiares, direitos humanos, Lei Maria da Penha, Campanha Sinal Vermelho. Entre outras temáticas transversais, conforme o período letivo. Ao final do ciclo regular, os alunos recebem certificado de participação, como forma de reconhecimento pelo engajamento.

Reconhecimento nacional

Além disso, o projeto recebeu destaque nacional ao conquistar o Selo de Práticas Inovadoras de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) em 2018. No mesmo ano, também foi finalista do Prêmio Viva, promovido pela Revista Marie Claire e pelo Instituto Avon.

Em 2021, a Prefeitura de Suzano (SP) adotou a metodologia do MVE, incorporando o projeto às ações de prevenção da violência e de promoção da cidadania na rede municipal de ensino.

Educação como instrumento de transformação

De acordo com a CEVID, o sucesso do Maria Vai à Escola está diretamente ligado à articulação com a rede de proteção e ao envolvimento da comunidade escolar. O projeto aposta na educação como ferramenta de transformação social, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa, equitativa e livre de todas as formas de violência.

Fonte: Da Redação