A Presidência da República prevê a instalação de um laboratório no Palácio da Alvorada para a restauração de bens danificados no dia 8 de janeiro deste ano. O projeto prevê que o público possa visitar a residência oficial da Presidência e observar o trabalho de técnicos no conserto de peças avariadas na invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília – Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal.
O projeto é elaborado em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural (Iphan) e com a Universidade Federal do Pelotas, que deve fornecer os profissionais para restaurar peças de valor histórico vandalizadas em janeiro.
Por outro lado, o projeto ainda está em fase de estudo. Contudo, ele deve ser anunciado em breve pela Presidência da República, segundo informou nesta quinta-feira (5), em Brasília, o presidente do Iphan, Leandro Grass.
“Estamos em fase final de um projeto de recuperação de algumas peças danificadas no 8 de janeiro. E é um desejo do presidente Lula e da Janja [primeira-dama] que isso aconteça no Palácio da Alvorada. Que a gente tenha um ciclo de visitações e de presença popular. O Alvorada vai abrigar o processo de restauração de algumas das obras de arte danificadas” durante os atos antidemocráticos, afirmou Grass.
A iniciativa prevê que os restauradores trabalhem para que as pessoas possam ver esse processo no subsolo da capela do Palácio da Alvorada. O diretor do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização do Iphan, Andrey Schlee, antecipou que esse laboratório deve ficar instalado por um ano.
Entre as peças para revitalizaão, está a obra As mulatas, do pintor Di Cavalcanti. “A ideia é que a gente tenha não só o retorno da visitação aos palácios, mas o aumento dessa visitação e também mais uma ação de educação patrimonial para a população visualizar como se recupera o patrimônio, especialmente esse que ganhou um significado simbólico maior a partir do dia 8 de janeiro”, destacou Schlee.
Assim, ele acrescentou que o Palácio do Jaburu deve receber visitas. O Iphan tem feito a recuperação dos lambris de madeira do Jaburu. Que são painéis que revestem paredes ou forros de ambientes – que têm sofrido com a umidade do ar ao longo do tempo.
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