Servidores do Colégio Militarizado Presidente Tancredo Neves, em Roraima, procuraram a reportagem nesta sexta-feira, 27, para denunciar suposto assédio moral e eleitoral dentro da unidade de ensino.
Conforme o relato, terceirizados, temporários e comissionados são obrigados a fazer campanha eleitoral e a participar, sob pena de demissão, de reuniões e bandeiradas da candidata apoiada pelo governador, Catarina Guerra (União), e da vereadora e candidata à reeleição Aline Rezende, mulher do deputado estadual e líder da base governista na Assembleia Legislativa de Roraima, Coronel Chagas.
Imagens enviadas ao Roraima em Tempo mostram militares e servidores do Colégio em reuniões com a presença de Aline Rezende e Chagas.
Em nota, a vereadora Aline Rezende disse que a denúncia é “improcedente e maldosa”, e que a parlamentar “realiza campanha limpa em total respeito à legislação eleitoral”.
Os servidores também relatam que, com a chegada do novo gestor administrativo, os servidores vêm sofrendo assédio moral por parte de alguns militares (monitores de alunos) sob sua determinação. Esses monitores, segundo a denúncia, fazem chamadas dos servidores em seus locais de trabalho a cada uma hora, “criando um clima de constrangimento e indignação”.
“Salientamos que os militares são contratados com a função de MONITORES DE ALUNOS, não de servidores, pois cada um de nós temos ciência de nossas obrigações e deveres como servidores”, destaca a denúncia.
Além disso, é relatado uma postura autoritária por parte de um militar no turno da noite, chegando a interferir na autonomia dos servidores. De acordo com a denúncia, no período noturno funciona a modalidade de ensino EJA (Educação de Jovens e Adultos), não militarizada.
“O mesmo, juntamente com o gestor coronel, vem interferindo nos trabalhos, função e autonomia dos servidores de Apoio, Orientação e Coordenação no período noturno, coagindo e ameaçando que se não obedecerem, irão fazer relatórios prejudicando os servidores e encaminhar para a Seed [Secretaria de Educação]”, pontuam os denunciantes.
Procurada, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) disse que vai acionar a ouvidoria para investigar o caso. A pasta afirmou que, caso a denúncia seja confirmada, adotará todas as medidas administrativas cabíveis.
“A Seed reitera que não compactua com esse tipo de comportamento e reforça o compromisso com um ambiente escolar seguro e respeitoso para todos”, finalizou a nota.
Fonte: Da Redação
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