A presidente do sindicato dos policiais penais de Roraima. Joana Dark denunciou nesta terça-feira (14) o assédio moral envolvendo o diretor de segurança da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc) Anderson Ricardo. Ela falou sobre o assunto em entrevista à rádio 93 FM.
Conforme Joana há diversos relatos de denúncias sobre os assédios ocorridos nos últimos seis meses que tem se tornado corriqueiras com os policiais plantonistas. Ela ainda exemplificou umas das situações.
“Já tem um tempo que recebemos, no entanto, ninguém havia colocado no papel. E o que faz prova para dar andamento nessas denúncias é o papel […] Há gritos, xingamentos e estou falando de chegar perto de uma guarita de uma pessoa que está fortemente armada, focar a lanterna no rosto da pessoa. E imagine em um espasmos desses ele dá um tiro ou ele reage contra o guariteiro?“
Assim, Joana disse ainda que os policiais penais denunciam ao sindicato apenas postura do diretor. E, lembrou a importância de que o serviço necessita de pessoas em equilíbrio para desempenhar a função.
“Não estou aqui para dizer que se trata de uma pessoa ruim. Sabemos que hoje a nossa função é umas das mais estressantes do mundo. Além disso, precisamos de pessoas mais ordeiras. Todo mundo é servidor e ninguém tá ali para receber gritos e ser esculachado por ninguém” explicou.
Ainda de acordo com a presidente do sindicato, a denúncia foi protocolada no Ministério Publico de Roraima (MPRR). Do mesmo modo, a corregedoria da secretaria de Segurança do Estado (Sejuc) também já está ciente sobre o caso.
“Protocolamos formalmente, pedimos o afastamento da sua função. Além disso, pedimos também a sua suspensão de porte de arma por entender que hoje representa um risco a todos que trabalham dentro da penitenciária.”
A reportagem entrou em contato com a Sejuc para comentar o caso. Por meio de nota, disse que que todos os fatos serão apurados pela Corregedoria.
No último dia 10, a reportagem publicou matéria sobre onde os policiais penais que reclamavam da quantidade de agentes para lidar com presos internados no Hospital Geral de Roraima (HGR).
No relatório de plantão dos policiais que estiveram na unidade nesta quarta (8) e quinta-feira (9) eles relatam que haviam três plantonistas para custodiar 11 presos.
Conforme o relatório, este número é insuficiente. Pois, além da pequena quantidade de policiais penais, os presos ficam internados em locais diferentes. Contudo, que dificulta o trabalho dos agentes.
“… foi unânime as queixas de todos os setores nos quais os reeducandos estavam internados, pois houve solicitações simultâneas da presença de policiais penais em diferentes setores”, diz trecho do documento.
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Fonte: Rádio 93fm
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