As testemunhas dos policiais réus pelo sequestro do jornalista Romano dos Anjos começam a depor nesta quarta-feira (15).
As audiências acontecem no Fórum Criminal Ministro Evandro Lins e Silva, no bairro Caranã, até o dia 17 de agosto.
A finalidade deste tipo de audiência é a produção de provas orais, em que as partes do processo serão ouvidas, entre elas, as testemunhas. O juiz Kleber Gonçalves é o responsável pelo caso.
Na noite de 26 de outubro de 2020, Romano dos Anjos e a esposa Nattacha Vasconcelos, estavam em casa quando foram surpreendidos por homens encapuzados.
Após usarem técnicas policiais para imobilização, os criminosos amarraram a mulher e sequestraram Romano. Em seguida, usaram o carro do jornalista para a ação e incendiaram o veículo. Além disso, jogaram o celular da vítima em uma área de mata no meio do caminho.
Quase 12 horas após a invasão à residência do casal, um funcionário da Roraima Energia encontrou Romano no Bom Intento, zona Rural de Boa Vista. O jornalista sofreu tortura, que resultou em um braço quebrado, assim como em lesões nas duas pernas.
As investigações duraram quase um ano até que a Polícia Civil deflagrasse a primeira operação, a Pulitzer. Em 16 de setembro de 2021, o Ministério Público de Roraima (MPRR) e as polícias Civil e Militar prenderam seis policiais militares e um ex-servidor da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR).
Já no dia 1º de outubro, o MP deflagrou a segunda fase da operação, que resultou na prisão de Jalser Renier e mais três militares investigados pela força-tarefa criada para elucidar o caso.
Três dias depois, os deputados estaduais se reuniram e decidiram, por unanimidade, manter a prisão do parlamentar.
Entretanto, no dia 6 de outubro, o Superior Tribunal e Justiça (STJ), com justificativa de imunidade parlamentar, concedeu liberdade a Renier com uso de tornozeleira eletrônica.
No dia 26 do mesmo mês, o Ministério Público denunciou o deputado Jalser Renier por oito crimes no caso Romano dos Anjos.
Em fevereiro de 2022, Jalser teve o mandato cassado na Casa Legislativa por quebra de decoro parlamentar.
Atualmente, todos os réus do caso estão soltos.
Fonte: Da Redação
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