Em pleno clima de festa, idosos do Programa Cabelos de Prata participaram nesta última quarta-feira (15) do tradicional Baile de Carnaval que reuniu cerca de 238 beneficiários. Com direito a muito confete, serpentina e fantasias os integrantes mostraram que não tem idade para cair na folia e ser feliz.
A trilha sonora ficou por conta da Banda Municipal e Realce do Instituto Boa Vista de Música (IBVM) que assim levantou o astral dos idosos com as clássicas marchinhas de carnaval, frevo, além de canções de cantores e grupos renomados, como Ivete Sangalo e Harmonia e Banda Eva.
A festa teve ainda o concurso de Rei e Rainha do Baile, que contou com a participação de 14 casais. Diversos critérios foram avaliados, como animação, simpatia, bem como criatividade e figurino. Quem levou o título foi o casal de idosos do CRAS Centenário, Francisco Santos, de 66 anos e Generosa do Monte, de 99 anos.
“Me sentindo muito feliz, uma pessoa de valor e respeito. Valorizo muito as amizades sadias que construí no Cabelos de Prata e graças a Deus posso estar aqui hoje, com saúde”, disse Dona Generosa, integrante do programa há 14 anos.
Francisco, que está no programa há menos de um ano, contou que em pouco tempo já realizou um grande sonho. “Sou compositor e tenho mais de 50 músicas. Por causa do Cabelos de Prata tive a oportunidade de cantar no Teatro Municipal e até então nunca tinha me apresentado na vida. Depois disso todos passaram a me incentivar e este ano vou registrar minhas canções”, contou.
Quem não abriu mão da fantasia foi a idosa Maria Susana de Freitas, de 75 anos, atendida no CRAS Cauamé. Ela, que foi ao baile acompanhada da filha e da neta, declarou seu amor pelo carnaval e pelo Cabelos de Prata, o qual faz parte há mais de 15 anos.
“Eu amo rever os colegas, dançar. Todos os anos compro fantasia, pois adoro carnaval. É um orgulho fazer parte do programa, pois me traz muita alegria. A gente passeia, dança, faz artesanato, faz exercícios… eu adoro”, comentou.
A neta, Jaine Freitas, afirmou que sempre faz questão de participar das atividades, junto a avó. Ela contou que o programa tem grande impacto positivo na vida da idosa. “Tivemos a pandemia e nesse período em que ela estava direto em casa, ficou muito triste. Desde que ela voltou, sinto que ela está muito mais viva e animada”, disse.
Da mesma forma, quem também não abriu mão de se produzir para o baile de carnaval foi o idoso José Alexandre Gomes, conhecido como Dedé, de 86 anos, atendido no CRAS União. “Eu adoro dançar e rever os amigos. O Cabelos de Prata me trouxe muita coisa boa, mas a principal é a saúde”, confessou.
Desenvolvido em sete CRAS distribuídos na capital, proporciona aos participantes vivências em grupo, diversos tipos de oficinas, experimentações artísticas, culturais, esportivas, de lazer, contribuindo efetivamente para melhoria da autoestima, autonomia e, principalmente, da saúde dos beneficiários.
O Programa foi criado em 2001 com a missão de transformar a terceira idade em uma experiência prazerosa, de qualidade e com oportunidades para os idosos. Hoje, mais de mil integrantes a partir dos 60 anos de idade fazem parte desta política de valorização da pessoa idosa.
Além disso, o Cabelos de Prata prevê uma bolsa no valor de R$ 300, voltada para idosos em situação de vulnerabilidade social. Neste caso, eles devem integrar o Cadastro Único (CadÚnico), procurar um CRAS e fazer o cadastro que, em seguida, passará por uma avaliação. Atualmente 860 deles são bolsistas.
Fonte: Da Redação
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