Foto: Jonathas Oliveira/Semuc/PMBV
Junto a dezembro, chega também a empolgação pelas festas, presentes, viagens e celebrações. A alegria acaba quando os gastos nesse período extrapolam a renda familiar e esbarram com custos previstos para o início do ano seguinte. Na passagem de 2025 para 2026, esse cenário exige ainda mais atenção se considerado o contexto nacional.
De acordo com dados do Indicador de Inadimplência de Pessoas Físicas, da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas e do SPC Brasil, quase 72 milhões de brasileiros já estão inadimplentes, o maior índice desde que a pesquisa começou, em 2015.
Para César Barreto, professor do curso de Administração da Estácio, o dado reforça a urgência da educação financeira e da preparação antecipada. Ele explica que despesas como tributos (IPTU e IPVA), renovações de contratos e compromissos escolares são previsíveis e chegam simultaneamente, por isso precisam ser mapeadas e planejadas com antecedência.
“O ideal é que as pessoas identifiquem esses custos agora e reservem parte do 13º salário ou de alguma renda extra para honrar esses pagamentos sem sufoco”, orienta.
O docente chama atenção para um comportamento comum nesta época, o aumento do padrão de consumo. Segundo ele, grande parte das dificuldades de janeiro e fevereiro nasce justamente nos meses anteriores. “Exceder nos gastos, mesmo que pareça inofensivo, compromete a renda do início do ano. Quem consegue passar dezembro dentro do próprio limite já inicia 2026 em vantagem significativa”, afirma.
Para manter o orçamento equilibrado, César Barreto destaca atitudes simples que fazem a diferença no longo prazo. A primeira é colocar tudo no papel, despesas fixas, variáveis e eventuais, pois não há organização financeira verdadeira sem visibilidade. A segunda é criar um valor mínimo obrigatório de reserva todos os meses. “Se a pessoa guardar apenas 50 reais ao mês, ela chegará ao fim do ano com 600 reais; o que já pode ajudar nas contas do próximo ciclo”, exemplifica.
Além disso, as compras de fim de ano também merecem atenção especial. Segundo o professor, o segredo é estabelecer um limite claro para gastos com presentes, viagens, celebrações e, sobretudo, cumpri-lo.
“É importante ter uma meta e evitar parcelamentos que se estendam para o ano seguinte, especialmente quando já se sabe que janeiro é um mês financeiramente desafiador. Optar por pagamentos à vista ajuda não só a evitar juros, mas também a visualizar de forma real o impacto da compra no orçamento”, indica.
Por fim, para quem enfrenta dificuldade em manter disciplina financeira, César Barreto sugere começar pelo simples: escolher apenas um hábito para mudar primeiro. “Pode ser anotar todos os gastos do mês, deixar de parcelar compras ou reservar uma pequena porcentagem da renda, o importante é começar. Quando a pessoa percebe que está avançando, a disciplina deixa de ser um peso e se transforma em incentivo”, conclui.
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