O Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), com o apoio da Prefeitura de Boa Vista, promoveu nesta quinta-feira (4) uma plenária para discutir as Rotas de Integração Sul-Americana em Boa Vista.
O evento ocorreu no auditório da Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Trânsito (SMST) e contou com a presença da ministra Simone Tebet juntamente com a secretária Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional, Adriana Melo Alves.
Além disso, também contribuíram com o evento o prefeito de Boa Vista Arthur Henrique (MDB), o presidente do MDB em Roraima, Romero Jucá, deputados federais e estaduais, assim como representantes da indústria, do comércio e do agronegócio.
O foco da plenária foi a Rota Ilha das Guianas, que tem foco nos Estados do Norte, entre eles, Roraima, que fica na fronteira com a Guiana. A rota entre os países abre as portas comerciais para vários outros da América do Sul.
“Olha a possibilidade que nós temos com a Guiana, com a própria Guina Francesa, com o Suriname, com o Peru e chegando até o Uruguai. Nós temos condições de expandir o nosso comércio e, consequentemente, fazer com que os números apresentados de Roraima dobrem novamente, apenas pensando no comércio da América do Sul“, disse a ministra.
As cinco rotas para a Integração Sul-Americana foram desenhadas pelo MPO após determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e são fruto de uma escuta ativa aos11 Estados brasileiros que fazem fronteira com a América do Sul.
O Estado de Roraima é beneficiado pela Rota das Ilhas das Guianas, apresentada e debatida na plenária. São 10 obras em Roraima, incluídas no Novo PAC, entre infraestrutura de transportes, energética e digital.
“Eu saio daqui muito entusiasmada de saber que a minha equipe é competente o suficiente para copiar direitinho os pedidos que vocês colocaram e de saber que aqui na rota está praticamente 80% de tudo aquilo que vocês solicitaram”, disse Tebet ao encerrar apresentação.
O prefeito Arthur Henrique destacou que a ação é extremamente importante para o desenvolvimento econômico e, consequentemente, também para o desenvolvimento humano no nosso estado. Em especial da cidade de Boa Vista que hoje representa quase 70% da nossa população.
“A gente sabe da grande potencialidade que nosso estado tem. Ele tem grandes áreas no agronegócio, temos água e sol o ano todo, mas ainda temos o menos PIB de todo o país. Então a gente sabe que uma ação como essa do Governo Federal é fundamental para a gente se desenvolver”.
O presidente do MDB-RR, Romero Jucá, destacou que a rota vai trazer mais empregos e renda para Roraima. Durante anos, ele foi o único parlamentar do Estado a defender a pauta que, conforme ele, é vital para o desenvolvimento econômico e para a geração de novos empregos de Roraima. Além disso, o evento de hoje tem uma grande representatividade para ele.
“Para mim esse vento é simples, mas de uma grande magnitude. Por que ele demonstra algo que eu sempre sonhei, que é a prioridade extrema do Governo Federal para conhecer e para desenvolver a Amazônia e fazer com o que o discurso do desenvolvimento regional seja uma realidade. E não um discurso fácil em véspera de campanha”.
Outro ponto destacado foi a geração de emprego através da concretização do projeto. Além disso, Romero defende a agilidade e disse que Roraima tem pressa.
“Não podemos esperar o trâmite o trâmite dos acordos internacionais e financiamento do contrato do financiamento de vocês porque o que a gente produz aqui a gente tem que vender. O povo de Roraima anseia por isso. Nós temos que gerar emprego. Temos que ter atividade. Nós vamos ter essa estrada da Guiana. Nós vamos ter um diferencial e Roraima será o Estado do Brasil com melhor logística do agronegócio”, disse.
Ao longo dos anos, ele tratou pessoalmente do tema com diferentes presidentes da Guiana. Nesses encontros, ele buscou estabelecer o vínculo com a gestão administrativa do país vizinho para encontrar soluções que permitam a realização do comércio entre os dois países.
Romero Jucá destaca que a estrada da Guiana é o caminho mais curto para que os produtos locais cheguem a outros países.
Hoje, grande parte do que Roraima exporta, sai via Manaus. A capital do Amazonas fica a 750 km de distância de Boa Vista. Por outro lado, a capital da Guiana, está a 679 km. E com outra vantagem: na beira do Oceano Atlântico.
Então, além de ser um caminho mais curto, a estrada amplia as chances da produção local chegar a novos mercados consumidores, como o do Caribe e da Europa, por exemplo.
O acordo inicial previa os investimentos para integrar as fontes de energia e a pavimentação da estrada Linden-Lethem. Previa ainda a implantação do porto de águas profundas em Georgetown.
Em 2017, o Brasil assinou um acordo de cooperação técnica com o projeto de engenharia estrada Linden-Lethem. A obra foi dividida em duas etapas, contudo, as mudanças políticas e a pandemia atrasaram a obra.
Em 2022, o presidente Bolsonaro estabeleceu um novo contato com o país vizinho. Inclusive para tratar sobre os links de transmissão e de comunicação por fibra óptica como parte de um corredor de energia entre as nações.
Desde então, as conversas pouco avançaram. E agora o programa Rotas da Integração traz uma nova perspectiva para essa relação entre os dois países, reconhecendo a interligação com a Guiana como uma rota estratégica para o desenvolvimento regional e para a economia nacional.
Para Jucá, agora é o momento de deixar as dificuldades para trás e facilitar o caminho para o verdadeiro desenvolvimento.
“Nós enfrentamos as dificuldades. Então está na hora de a gente deixar de ter dificuldade e ter facilidade. E essa estrada da Guiana muda a economia do Estado, muda a logística do estado e muda a geração de emprego no estado”.
Fonte: Da Redação
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