Educação

5ª edição da Feira de Iniciação Cientifica conta com 185 projetos de alunos da rede municipal

Com o tema “Cultura Oceânica: a cultura oceânica para enfrentar as mudanças climáticas”, a Prefeitura de Boa Vista promove esta semana, a 5ª Feira de Iniciação Científica, na Escola Municipal Newton Tavares, no bairro Calungá. O evento ocorre até quinta-feira, 4, durante a manhã e tarde.

Em consonância com a 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e com a Década do Oceano da ONU (2021-2030), alunos e professores inscreveram 185 projetos nesta edição. Conforme a gestão, a proposta é incentivar a pesquisa científica, assim como a investigação por meio da ciência e tecnologia nas escolas públicas do município.

“As crianças puderam pesquisar, aprender e internalizar o conhecimento por meio da experiência. Cada unidade escolar tem representatividade aqui. Tivemos a primeira etapa nas escolas e agora vemos uma amostra desses projetos sendo compartilhada com toda a comunidade”, destacou a secretária-adjunta de Educação e Cultura, Meire Jane Gomes.

A feira visa desenvolver o senso crítico, a criatividade, bem como o trabalho em equipe dos alunos, além de viabilizar aprendizagens da BNCC (Base Nacional Curricular Comum).

Os trabalhos se alinham ao tema e incluem:

  • Ciência e Natureza: Fauna e flora aquáticas, recursos hídricos e minerais, clima, desmatamento e queimadas
  • Ciência e Sociedade e Cultura: Arte, história, culinária, geografia, religião, transformações sociais e interculturalidade
  • Ciência, Saúde e Bem-Estar: Alimentação, produtos medicinais, lazer e inclusão
  • Ciência, Tecnologia e Inovação: Robótica, criação/construção e matemática

Preservar e viver em harmonia com a natureza

Na Década do Oceano, enfrentamos intensas mudanças climáticas e, para mudar o mundo é preciso mudar a cultura. Isso significa, portanto, ensinar, desde a educação infantil, a importância de preservar e viver em harmonia com a natureza. Foi isso que os alunos da escola Municipal Indígena Vovó Terezinha da Silva aprenderam.

O resultado está na exposição do projeto: Oceano Encantado – Histórias, animais e saberes. Dessa forma o objetivo é despertar o interesse das crianças pelo universo marinho, conhecendo a diversidade de animais do oceano e seus habitantes.

Beatriz Alves, de 5 anos, foi uma das pequenas estrelas da feira. “A gente trouxe esse material que fizemos com as mãos”, contou. Entre os elementos do trabalho estavam animais marinhos modelados com massinha, jacaré, estrela do mar, assim como arraia. Também de tartaruga, peixe-espada, caranguejo, além de até pedrinhas coladas cuidadosamente para compor o cenário.

O conceito de cultura oceânica é fundamental para que todas as pessoas e instituições reconheçam o papel do oceano na vida humana e, consequentemente, a influência de nossas ações. Sendo assim, com muita desenvoltura, Lívia Raquel Pereira Cruz, aluna do 5º ano C, contou o que sua turma da Escola Municipal Francisco Bríglia preparou para apresentar no evento.

“Nosso tema é: Saberes tradicionais e a cultura oceânica, e o que os povos indígenas nos ensinam sobre as águas. Nós pesquisamos, desenhamos, ouvimos e compartilhamos, histórias que mostram como os povos indígenas se relacionam com a água, explorando, para isso, os conceitos de cultura oceânica, ouvindo relatos, fazendo atividades artísticas e refletindo sobre o uso consciente desse recurso natural”, explicou.

De acordo com a professora Rejane Pereira Alves, essa vivência foi enriquecida. “Também abordamos como comunidades ribeirinhas vêm tratando e cuidando da água ao longo do tempo. Convidamos ainda uma pessoa muito especial, a Sabrina Yoli, que é de uma comunidade indígena, e fez um trabalho incrível na escola. Reunimos todas as turmas para uma ação de conscientização e agora estamos aqui”, contou.

Avaliação dos alunos

Uma comissão que atribuirá notas de zero a cinco em diversos critérios, como relevância social e ambiental, criatividade, assim também clareza na apresentação e protagonismo dos alunos. Todos os participantes da 1ª e 2ª fase receberão certificados digitais.

Conforme a organização, os três primeiros colocados de cada categoria na 2ª fase receberão troféus, certificados bem como medalhas. A equipe com a maior pontuação na Fase Final poderá ser credenciada para um evento científico regional ou nacional.

As avaliações serão feitas por categorias:

  • Creche: 22 inscrições
  • Educação Infantil Pré-Escola: 42 inscritos
  • Ensino Fundamental Anos Iniciais – Regular – 1º e 2º Ano:  44 inscritos
  • Ensino Fundamental Anos Iniciais – Regular – 3º ao 5º Ano: 39 inscritos
  • Ensino Fundamental Anos Finais – Regular – 6º e 7º Ano: 3 inscritos
  • Educação do Campo e Indígena – Pré-Escola: 12 inscritos
  • Educação do Campo e Indígena – Ensino Fundamental: 17 inscritos
  • Ensino Fundamental – Educação de Jovens e Adultos (EJA): 6 inscritos

Fonte: Da Redação

Josiele Oliveira

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