Com o prédio da Escola Estadual Indígena José Viriato na Comunidade da Raposa I em Normandia desativado, os alunos estão estudando de forma improvisada em um barracão.
De acordo com a denúncia enviada ao Roraima em Tempo nesta terça-feira (22), o caso ocorre há mais de quatro anos.
O prédio da escola está completamente deteriorado, sendo inclusive, alvo de denúncias anteriormente na imprensa. Por conta, disso, a Defesa Civil teve que interditar o local.
A unidade atende cerca de 400 alunos, contudo nunca recebeu uma reforma por parte do Governo do Estado. Por conta disso, os pais estão se mobilizando para fazerem melhorias na estrutura da escola por conta própria.
“Nosso prédio está chovendo mais dentro do que fora. Não é só esse mês, é três, quatro anos. Então porque vocês não faz, [o governo], nós decidimos fazer a pintura por nossa conta, convidar os pais para quebrar uns forros para a gente voltar, porque quem está perdendo são os nossos alunos”, disse João Raposo.
O professor Gabriel Sarmento questionou o fato de os mais de 400 alunos da comunidade estarem esquecidos pelo governo.
“Nós procuramos o melhor para a estrutura da nossa escola estadual. A municipal está mais ou menos, mas a estadual está interditada. Então nós estamos no barracão da comunidade emprestado para atender os pais e os responsáveis desses alunos. Mas nós queremos nossa estrutura, porque ali concentra mais ou menos 400 alunos e queremos o espaço melhor. Já se passaram três anos do governo e nunca foi visto. Nós estamos esperando. Está interditado. Será que vai acontecer esse ano? Estou achando muito difícil”, disse.
Assim como os alunos da Comunidade da Raposa I, os estudantes de Manoá, em Bonfim também têm que estudar em um barracão por falta de estrutura na escola. Com as chuvas o local fica comprometido.
Os pais denunciaram o caso ao Roraima em Tempo. Depois disso, um denunciante relatou à redação que a secretária Leila Perussolo pediu retratação ao gestor. Mas ele se recusou. Dessa forma, o governador Antonio Denarium (PP) o demitiu.
A Secretaria de Educação (Seed) afirmou que a gestão da escola não tinha autorização para dar aulas no barracão.
O caso gerou revolta na comunidade. Dessa forma, pais de alunos e moradores se reuniram e fizeram uma carta de repúdio à Seed. Eles disseram que a exoneração do gestor se tratava de ‘assédio moral e intimidação’.
Do mesmo modo, tuxauas de 20 comunidades também emitiram uma carta de repúdio. Conforme eles, a exoneração se trata de um desrespeito aos direitos indígenas. A carta diz que a autonomia de escolha dos gestores das escolas indígenas foi uma conquista dos povos.
“[…] nossas conquistas e duras lutas… Qual uma delas é o processo de escolha de nossos gestores escolares. Entretanto, somos verdadeiros em mostrar as reais necessidades que enfrentamos na educação escolar indígena”, diz um trecho do documento.
A Seed afirmou em nota que a escola será completamente reformada. Atualmente o projeto encontra-se em elaboração na Secretaria de Infraestrutura (Seinf).
Disse ainda que, em função da situação precária do prédio, orientou a unidade a executar as aulas de forma remota. Sobre os alunos estudarem no barracão, a Seed afirmou que não autorizou que a escola ministre as aulas no local.
Fonte: Da Redação
Prazo para vagas remanescentes termina na sexta-feira, 29
De acordo com a sentença, o homem foi flagrado em 2018, no bairro Sílvio Leite,…
Número compreende o período entre a sexta-feira (22) e a segunda-feira (25)
Além de servir como um espaço de troca de conhecimentos e experiências, evento impulsiona a…
Programação inclui palestras, círculos de diálogo e atividades educativas
Remuneração extra é garantida a trabalhadores com carteira assinada