O Governo do Estado deu início à montagem de ‘escolas de lona’ em Roraima. A Secretaria de Estado de Educação (Seed) contratou uma empresa para montar salas de aula improvisadas em maio deste ano.
Uma moradora de São João da Baliza enviou imagens do serviço na Escola Estadual Francisco Ricardo Macedo. Ela reclamou que a estrutura não é suficiente, pois outra unidade escolar também funciona no local.
“As duas terão que decidir como vão funcionar, uma vez que só disponibilizaram 8 salas e as duas escolas contam com 11 turmas. Sendo que o Henrique Dias, escola de nível Médio já funciona há dois anos com umas turmas presenciais enquanto outras de forma remota”, explicou.
Apesar da montagem das tendas na quadra da escola, a unidade não constava como contemplada no contrato da Seed. A denunciante registrou o momento em que a empresa preparava as tendas na Escola Ricardo Macedo:
Conforme o documento, as estruturas improvisadas atenderiam sete escolas da capital e do interior que compõem a Rede Estadual de Educação. Ao todo, são 40 salas de aula a serem montadas para os alunos.
O valor a ser gasto é de R$ 1.392.000,00 para que a empresa forneça o serviço durante seis meses. A vigência passou a contar a partir da assinatura do contrato.
Assim como no caso da Maternidade Nossa Senhora de Nazareth, a contratação para as tendas nas escolas é emergencial. O contrato para a unidade de saúde já dura dois anos.
Não é de hoje que alunos e servidores da Escola Estadual Francisco Ricardo Macedo denunciam a precariedade do prédio. Em maio, por exemplo, uma estudante usou um guarda-chuva e gravou um vídeo para protestar a demora do Governo para executar a reforma.
No mesmo mês o Ministério Público de Roraima (MPRR) emitiu recomendação para que o Governo do Estado realize reforma urgente nas escolas Francisco Ricardo Macedo e Henrique Dias, ambas localizadas no município de São João da Baliza. As duas unidades funcionam no mesmo prédio.
A promotora Lara Von Held, destacou que, mesmo após concessão de prazo pelo órgão, as duas escolas continuam em condições precárias de funcionamento. Assim, colocando em risco a vida e a integridade física de alunos, pais, professores e demais colaboradores.
Lara considerou ainda a ausência de um cronograma de obras das unidades, bem como o risco iminente “de que venha a acontecer uma tragédia”.
Fonte: Da Redação
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