Educação

Professora de Roraima é destaque em prêmio que reconhece boas práticas escolares e valoriza profissionais da educação básica no Brasil

A professora de Roraima, Hstéffany Pereira Muniz Araújo, foi destaque no prêmio Conectando Boas Práticas 2024. Com o projeto “Mulheres que fazem história, mas não estão nos livros de história”, ela conquistou o 1º lugar da Região Norte.

O ‘Conectando Boas Práticas’ é uma iniciativa nacional que reconhece e valoriza profissionais da educação básica no Brasil e busca disseminar projetos locais bem-sucedidos com alto grau de impacto social. Os primeiros colocados no prêmio de cada região farão um intercâmbio em outros estados do país.

O projeto vencedor foi desenvolvido em 2023 com alunos do 7º ano da Escola Estadual São José, em parceria com o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) da Universidade Federal de Roraima (UFRR), que tinha como supervisoras as professoras Cleicimar Aniceto, Adriana Gomes e Hstéffany Muniz, coordenadas pelas também professoras Marcella Albaine e Luzineth Rodrigues.

“Esse projeto teve como objetivo estudar um pouco mais as histórias das mulheres, em especial as histórias das famílias dos alunos e das alunas. Cada aluno e cada aluna escolhia uma mulher de sua família para contar a história dentro desse projeto. Claro que isso é só uma das coisas que foram desenvolvidas, porque ao longo de todo o ano letivo de 2023, os alunos conheceram outras mulheres ao longo de todo conteúdo curricular do sétimo ano de História”, explicou Hstéffany Muniz.

Professores de História em formação pela UFRR também contribuíram para a iniciativa – Foto: Arquivo pessoal

O projeto busca, por meio da educação, notabilizar contribuições femininas à sociedade, o que se alinha a iniciativas nacionais. Recentemente, o governo federal sancionou a Lei 14.986/2024, que estabelece a Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História. Ela deve entrar em vigor a partir de 2025.

“Essa nova lei inclui a temática de história de mulheres dentro dos currículos escolares, inclusive cria uma semana específica, que é a segunda semana de março. As escolas, dentro dessa lei, devem trabalhar as histórias das mulheres”, completou a professora.

Reconhecimento

O projeto “Mulheres que fazem história, mas não estão nos livros de história” também já foi destaque em outras premiações.

Entre 32 finalistas do 9º Prêmio Educar com Equidade Racial e de Gênero, por exemplo, a professora Hstéffany Muniz foi uma das que teve o mérito reconhecido na categoria Prática Docente.

Cerimônia de premiação do 9º Prêmio Educar com Equidade Racial e de Gênero, em São Paulo (SP) – Foto: Arquivo pessoal

Ela também ficou em 2º lugar na etapa estadual da 2ª edição do Prêmio Educador Transformador, na categoria Ensino Fundamental – Anos Finais.

Documentário e e-book

A iniciativa desenvolvida na Escola São José, que completou 100 anos de funcionamento em 2024, resultou em um documentário produzido pela Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). O projeto audiovisual foi lançado em novembro do ano passado, no Plenário Noêmia Bastos Amazonas.

No mesmo dia, o livro digital “Mulheres que fazem história, mas não estão nos livros de história” também foi lançado. A obra inclui cartas escritas pelos alunos, inspiradas nas histórias de mães, tias e avós. Clique aqui para acessar o e-book.

Por Lara Muniz

Lara Muniz

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