A Polícia Militar de Roraima (PM) já foi considerada a menos corrupta do Brasil, conforme pesquisas nacionais. Mas, ultimamente, uma série de acontecimentos têm tornado essa “máxima” uma constatação questionável.
Nos últimos anos a corporação registrou dezenas de casos envolvendo policiais militares. Em 2015, por exemplo, o soldado Felipe Quadros, condenado a 81 anos de prisão e expulso da PM, assassinou três pessoas e ainda tentou matar uma outra.
Além desse caso, outros policiais já estiveram ou ainda estão detidos em situações variadas. O envolvimento desses agentes públicos vai de apoio logístico ao garimpo ilegal, passando por tortura e sequestro, como no caso do jornalista Romano dos Anjos, até o caso de um policial de Roraima preso no Mato Grosso após tentar matar a irmã.
Para piorar, a Corregedoria da Polícia Militar não apresenta justificativas plausíveis que passem credibilidade. As notas da PM enviadas à imprensa após situações envolvendo policiais são sempre genéricas e vazias. Assim, a sociedade nunca obtém respostas efetivas que mostrem que esses casos acabaram com punições exemplares.
O comandante-geral é um exemplo claro do corporativismo da PM de Roraima. Apático e extremamente político, o coronel Francisco Xavier não parece estar preocupado com a tropa e sim com a reeleição do governador Antônio Denarium (PP).
Isso daria a ele a tranquilidade de se manter no cargo por mais tempo. Por isso, ele tem se mantido ao lado do governador e do presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), Soldado Sampaio (Republicanos) em diversos eventos e reuniões. Dessa forma, isso prova que as atitudes dele são extremamente políticas.
O último caso envolvendo um policial militar ocorreu no último fim de semana. Uma pessoa que estava em um posto de combustível do bairro Cidade Satélite gravou o vídeo. As imagens mostram claramente um capitão da PM, lotado no Sul do estado, dando um tapa no rosto de um frentista durante uma discussão.
No mesmo dia, o capitão gravou um vídeo se defendendo e acusando o funcionário do posto de racismo. Em contrapartida, o frentista afirmou que as alegações do PM não são verdadeiras. Procurada pela imprensa, a Polícia Militar enviou, mais uma vez, uma nota afirmando que não compactua com a atitude e que vai adotar as medidas cabíveis, sem especificar o que propriamente poderá acontecer com o capitão que está prestes a receber promoção.
São por essas e outras que aos poucos a Polícia Militar de Roraima vai perdendo prestígio perante a sociedade. Prova disso são os centenas de comentários nas redes sociais, bem como em sites, páginas de notícias e publicações.
O mais prudente nesse momento seria a Polícia Militar iniciar uma ação para moralizar e melhorar a imagem da corporação que já foi considerada a menos corrupta do país.
Os fatos ocorridos ao longo dos últimos anos estão longe de ser casos isolados. Eles refletem um problema existente dentro da Polícia Militar e provam que os policiais estão precisando de um comando que valorize os bons e puna os maus policiais. Sendo assim, é hora de separar o joio do trigo e tirar a politicagem de dentro dos batalhões.
Da Redação
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