O professor de Química, Severino Lopes de Almeida, de 43 anos, investigado por violência doméstica contra a ex-mulher, se entregou à polícia na última sexta-feira (13). Contra ele, havia mandado de prisão, e ele então, estava foragido.
Severino se apresentou na sede da Polícia Interestadual, a Polinter localizada em Boa Vista.
Em um pedido de Harbes Corpus, o professor ainda chegou a pedir prisão domiciliar. A defesa alegava que Severino temia pela própria integridade física caso fosse levado ao sistema prisional, devido a repercussão do caso.
O professor de química é suspeito de ameaça física e psicológica, além de descumprimento de medida protetiva contra a ex-mulher, Janini Ágata.
Janini divulgou nas redes sociais um desabafo, onde relatou os momentos “de intensa violência psicológica”. Na ocasião, ela contou que tinha uma medida protetiva para que ele não se aproximasse dela. Apesar disso, as ameaças e violências físicas e psicológicas continuaram.
Ainda conforme a vítima, oito boletins de ocorrência foram registrados desde outubro de 2020. Quatro são porque Severino quebrou a medida protetiva.
Em entrevista à Rádio 93 FM, Janini afirmou que os desentendimentos começaram após o divórcio, e que o contato entre eles acontecia somente por conta da filha do ex-casal.
“Nunca foi possível que a gente cortasse totalmente o nosso vínculo porque temos a nossa filha. Só que esse diálogo a respeito da nossa filha sempre foi motivo para ofensas, para as injúrias, para desrespeitos que foram evoluindo para ameaças. Chegou em um momento em que eu tive que solicitar medida protetiva”, explicou.
A gota d’água, segundo a vítima, aconteceu no dia 27 de dezembro, quando após um desentendimento, Severino foi até a casa dela, descumprindo a medida protetiva, e a ameaçou de morte.
“Ele queria vir buscar a minha filha, só que era o período que a minha filha estaria comigo e eu disse para ele que ela não iria, que ela iria ficar comigo. E ele disse que iria se aproximar da minha casa e ‘que a minha filha não vai ficar com você’ e ele falou ‘eu te provo como a minha filha vem’. Pode chamar a polícia […] foi quando eu liguei para a polícia, liguei para a Guarda Civil Municipal […] nesse meio tempo ele desceu do carro, se aproximou da minha casa, começou a gritar na frente do portão, quebrou o portão, chutou o portão por duas vezes”, relatou.
Ainda, segundo os relatos de Janini e prints de conversas por aplicativo de mensagens enviados ao Ministério Público de Roraima (MPRR), em várias ocasiões, Severino tentou controlar as ações da vítima, tendo usado de constrangimento, humilhação, chantagem, ridicularização e limitação do direito de ir e vir, além de afirmar que, se o caso fosse para a Justiça, ele “acabaria com a vida dela”.
Fonte: Da Redação
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