Promotores de Justiça do Ministério Público de Roraima (MPRR) ajustam os últimos detalhes para o julgamento dos dois homens acusados de matar o policial militar, Uirandê Costa de Mesquita e a namorada dele, a empresária Joseane Gomes da Silva.
O crime ocorreu em agosto de 2020. De acordo com a denúncia do MPRR, as vítimas foram mortas por Ewerton de Freitas Andrade e Guilherme Tavares de Paula.
O processo foi desmembrado pela Justiça. O primeiro a passar pelo Tribunal do Júri será o réu Guilherme de Paula, marcado para acontecer na próxima quarta-feira, 19 de outubro.
O caso causou comoção na cidade por causa da crueldade praticada pelos acusados.
Conforme o MPRR, Ewerton e Guilherme conheciam Uirandê. Eles o atraíram para a casa de Guilherme com um plano já acertado para matá-lo, mas para a surpresa dos réus, Joseane acompanhava o namorado, Uirandê.
Os dois réus serviram bebida envenenada para Uirandê, que passou mal e ficou indefeso. Foi quando a dupla, a pretexto de ajudá-los, disse que os levaria para o hospital, mas o plano já era executar o casal.
No caminho, Joseane foi brutalmente agredida e morta com um tiro disparado com a arma de Uirandê para incriminá-lo. Em seguida, os criminosos deixaram a jovem em uma rua deserta, no bairro Mecejana.
Uirandê também recebeu fortes agressões. Ele foi golpeado na cabeça e enforcado. Ewerton e Guilherme seguiram com a vítima, já morta, e o carro dela para uma vicinal, nos arredores de Boa Vista. Lá, atearam fogo em Uirandê e no veículo.
A polícia encontrou os restos mortais da vítima e o carro quatro dias depois. Os réus ainda tramaram uma versão para escapar da suspeita de envolvimento no assassinato do casal. Mas depois confessaram o crime.
“Ambos os acusados intencionaram provocar a morte de Uirandê, servindo em sua bebida veneno e/ou outra substância redutora das funções psicomotoras. Sendo que a presença de Joseane, situação imprevista pelos acusados, levou a que direcionaram suas intenções homicidas também a Joseane”, cita trecho da denúncia.
De acordo com o promotor Diego Oquendo, o Ministério Público está confiante de que a sociedade roraimense dará ao caso a resposta adequada.
“Todas as provas técnicas produzidas e todos os depoimentos colhidos desde a investigação foram confirmados na fase judicial e indicam a efetiva, segura e concreta participação dos réus no perverso homicídio das vítimas Uirandê Costa Mesquita e Joseane Gomes da Silva”, ressaltou.
Guilherme, que passará por julgamento na próxima quarta-feira, 19 de outubro, responde pelos crimes de duplo homicídio qualificado, ambos por motivo torpe. Do mesmo modo, responde ainda por emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas. Além disso, ele também recebe a acusação de ocultação e destruição de cadáver e dano qualificado pelo uso de substância inflamável e por motivo egoístico.
O MPRR vai sustentar a acusação no Júri com dois promotores: Diego Oquendo e Lara Von Held.
Para a promotora Lara Von Held, espera-se um júri longo que contará com participação de família e amigos da vítima. Cujas consequências da barbárie os alcança desde o dia do crime.
“O júri está demandando intensa dedicação e estudo, e a atuação conjunta com o promotor de justiça Diego Oquendo é em razão não só da gravidade do crime, mas pela empreitada criminosa dos envolvidos que será engajadamente debatida e demonstrada aos jurados. Espera-se a condenação em razão das fortes provas existentes, mas estará nas mãos da sociedade, mais uma vez, por meio do corpo de jurados, avaliar o ocorrido e dar seu veredito, fazendo justiça”, destacou.
Fonte: Da Redação
Reuniões estavam previstas para terminar em 18 de dezembro
Maior queda foi observada na Bahia, com recuo de 1,4 ponto percentual
Trabalhos reafirmam o papel transformador da educação de Boa Vista na construção de um futuro…
Ação ocorre neste sábado, 23, no CRAS do bairro, oferecendo diversos serviços municipais à população…
A iniciativa busca garantir segurança jurídica, valorização dos imóveis e melhoria na qualidade de vida…
Sites recebiam dinheiro de apostadores e não pagavam prêmio prometido