Saúde

Após cirurgia no HGR, mulher está há 30 dias urinando sangue e não consegue tratamento, diz família

A paciente Marcela Chaves Costa, 36 anos, está internada no Hospital de Roraima (HGR). Ela teve problema após uma cirurgia para retirada de cálculo renal.

A irmã, Andréia Chaves, relatou que Marcela fez uma cirurgia para retirada de cálculo renal no dia 20 de outubro. E desde então, passou a urinar sangue, sentir febre e dores intensas.

Além disso, depois do procedimento, já ficou internada por três vezes e teve que retornar ao HGR, pois os sintomas persistem.

O exame realizado na manhã de hoje constatou que ela tem a bexiga repleta de coágulos, o que explica o sangue que sai na urina na forma sólida.

“A gente queria uma solução porque ela está sentindo muita dor. E a dor dela só passa com morfina. E é muito sofrimento. Já tem um mês sofrendo desse jeito em cima de uma cama”, relatou Andréia.

A irmã disse ainda que o médico responsável está ciente de toda a situação, mas que insiste em dar alta toda vez que a mulher volta ao HGR.

Sem assistência médica

Conforme a própria paciente, o médico responsável pelo tratamento está há quatro dias sem ir ao HGR. E, ainda assim, durante os 30 dias de dores, ainda não deu uma solução para o caso.

“Eu sinto muita dor. E fico só tomando dipirona e morfina e sangrando. Já tomei duas bolsas de sangue. Meu médico passa de quatro dias sem vir aqui. Eu queria que alguém me ajudasse. Eu tenho dois filhos para criar”, desabafou.

Marcela fez uma angiotomografia na quinta-feira (17). E, conforme a irmã, os médicos informaram que só poderão tomar alguma providência quando o resultado chegar. Elas questionam a demora para a entrega do exame.

“Esse exame foi feito com urgência. E que urgência é essa que ela tem que esperar mais de cinco dias para esse resultado chegar?”, questionou Andréia.

Citada

A Secretaria de Saúde informa que, após ser diagnosticada com cálculo coraliforme completo e complexo no rim esquerdo, ocupando a pelve renal e os cálices renais, a paciente realizou o procedimento cirúrgico de nefrolitotripsia percutânea à esquerda e troca de cateter duplo J, sendo liberada do Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento após o tratamento.

Entretanto, após receber alta hospitalar, uma nova internação foi necessária por conta de um sangramento na urina que pode ocorrer após esse tipo de procedimento.

Esse tipo de complicação é previsto em consensos e diretrizes de sociedades nacionais e internacionais de urologia, uma vez que neste procedimento se cria um novo trajeto entre a pele da região lombar e o rim para poder retirar os cálculos renais volumosos, podendo eventualmente afetar algum vaso sanguíneo nesse trajeto, sem que isso possa ser evitado.

Foi retirado o cateter duplo em tempo hábil e, durante a cistoscopia, exame por meio do qual é visualizada a bexiga urinária, através de uma câmera, não foram vistos coágulos ou sangramentos dentro da bexiga. Mesmo assim, o quadro de sangramento persistiu, porém em leve intensidade.

Dado o diagnóstico, a opção mais efetiva e rápida de parar o sangramento seria a nefrectomia, que é a retirada do rim prejudicado. Porém, devido ao quadro clínico positivo da paciente, pois não há risco de vida, optou-se pela permanência dela no hospital, até seu quadro de saúde melhorar.

Essa decisão ocorreu em comum acordo entre a equipe médica, a paciente e seus familiares, para evitar a retirada do rim, preservando a função renal.

Em relação ao profissional que supostamente só aparece a cada quatro dias, a Secretaria de Saúde informa que a paciente é acompanhada todos os dias pelo médico especialista. Logo, tal denúncia não procede.

Ressalta também que a paciente vem recebendo todos os cuidados necessários durante o período de tratamento dentro da unidade hospitalar.

Fonte: Da Redação

Rosi Martins

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