Saúde

Após dois anos e com 9 mil pessoas na fila, governo de RR inicia mutirão de cirurgias eletivas

O Governo do Estado iniciou mutirão para reduzir a fila de cirurgias eletivas em Roraima. De acordo com o próprio Executivo Estadual, já são 9 mil pessoas aguardando procedimento cirúrgico, número acumulado nos últimos anos.

Quando Antonio Denarium assumiu o governo, havia cerca de 5 mil pessoas na fila de espera. Os casos acumularam durante sua gestão. Nada foi feito em 2019, primeiro ano de mandato do atual governador. Já em 2020 e 2021, o Executivo afirma que a pandemia de coronavírus impossibilitou as cirurgias.

Em 2022, os casos de Covid-19 tornaram a crescer e centenas de casos são registrados todos os dias. Mesmo assim, o governo, que antes justificava a pandemia como empecilho, finalmente iniciou um mutirão de cirurgias.

Nesse sentido, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) divulgou nessa segunda-feira (21), que realizou 230 cirurgias em cinco dias. Para isso, o governo contratou uma empresa Slim Gestão de Serviços de Saúde Médica LTDA para o fornecimento de mão de obra médica. O valor do contrato é de R$ 6 milhões.

Conforme o contrato, todos os médicos, técnicos e auxiliares, devem ser fornecidos pela empresa . Por outro lado, os enfermeiros ficaram sob obrigação do Estado. Assim também ficou a responsabilidade da regulação das filas e leitos para cirurgias.

A Slim tem sede em Fortaleza-CE. E, apesar de assinar o contrato milionário de R$ 6 milhões com a Sesau, seu capital social é de R$ 300.

Denúncias

Nos últimos três anos, pacientes procuraram o Roraima em Tempo constantemente para denunciar a demora na realização das cirurgias.

Em novembro, por exemplo, o paciente Luiz Teotônio de Oliveira, 53 anos, denunciou à reportagem que já aguardava há 11 meses por uma cirurgia no Hospital Geral de Roraima (HGR) para retirada de uma hérnia.

Do mesmo modo,  Wilson Leitão Rodrigues, de 30 anos, estava internado há quatro meses aguardando para fazer o procedimento. Os familiares fizeram a denúncia no dia 12 de janeiro.

De acordo com familiares de Wilson, ele estava com dois fêmures fraturados e foi remanejado pela Sesau para uma unidade particular.

Falta de material e equipamentos

A falta de material e equipamentos para a realização das cirurgias também foi alvo de várias denúncias nos últimos anos.

Desse modo, em novembro do ano passado, o  promotor de Saúde do Ministério Público , Igor Naves, afirmou que a situação era preocupante na maternidade do governo.

Conforme ele, a direção da unidade informou que os estoques de medicamentos e insumos estavam quase zerados.

Como resultado, uma paciente que precisava retirar um mioma teve que esperar mais de uma semana para realizar a cirurgia. É que não tinha anestesia na maternidade.

Da mesma maneira, a família de uma paciente denunciou à reportagem que o equipamento intensificador de imagens do Hospital Geral de Roraima (HGR) quebrou, o que motivou o cancelamento das cirurgias na unidade.

Intervenção nas cirurgias

O desabastecimento de medicamentos e insumos para cirurgias chegou a resultar em intervenção nos centros cirúrgicos do HGR e da maternidade do governo.

O Conselho Regional de Medicina (CRM) interditou os centros cirúrgicos em 2019. No entanto, a

Fonte: Da Redação

Rosi Martins

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