Saúde

Após morte de bebê na maternidade do governo, família denuncia ‘sumiço’ do corpo

A família de um bebê que faleceu na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth denunciou a demora da unidade em fornecer informações sobre paradeiro do corpo da criança.

A avó do bebê, Lucineide Menezes relatou o caso ao Roraima em Tempo na tarde desta terça-feira (15). Conforme ela, o recém-nascido faleceu por volta das 17h dessa segunda-feira (15), mas a família só conseguiu localizar o corpo no final da tarde desta terça-feira.

“Era pra ser enterrado hoje às 17h, mas não está na maternidade, nem está funerária. Não está em canto nenhum. Não sei o que fizeram com meu neto, não sei onde ele está”, disse Lucineide.

A avó explicou que a família recebeu a informação da maternidade de que o corpo do recém-nascido estaria na funerária que tem convênio com a maternidade.

Contudo, Lucineide contou que ao chegar na funerária, a pessoa responsável informou que não sabia de nenhuma informação sobre o enterro da criança. Dessa forma, às 16h de hoje, a família continuava sem informações.

“A gente chegou na funerária e disseram que nunca passaram nada para eles. Que eles não estavam sabendo de nada do enterro nem de nada dessa criança”.

Por meio de ligação, a responsável pela funerária informou à redação que o motorista da empresa já estava na maternidade realizando a remoção do corpo. Disse ainda que os trâmites ocorreram dentro da normalidade.

No entanto, em outra chamada, a mulher informou que o pai da criança solicitou que removesse a criança apenas no dia seguinte. Em contrapartida, a família negou essa informação.

“Foram eles [funerária] que nos disseram que o enterro só pode ser amanhã porque já tinha três enterros na frente”, disse a avó do bebê.

Maternidade ofereceu funerária

De acordo com Lucineide, o pequeno  Antony Manoel nasceu no dia 1º de março. A criança nasceu com má formação no esôfago e iria realizar uma cirurgia. Contudo, o bebê contraiu uma infecção na unidade e morreu nesta segunda-feira (14).

Então o serviço social da maternidade comunicou que a funerária conveniada com o governo poderia fazer todo o procedimento para o enterro. A família aceitou.

Conforme a mulher, a maternidade ficou de entrar em contato hoje (15) para fazer o enterro, mas não contatou a família.

Por conta disso, os familiares da criança começaram a buscar informações e não conseguiram. Eles só descobriram o paradeiro do corpo após denunciarem à imprensa.

Citado

O Governo do Estado disse em nota que a situação não procede, uma vez que o trâmite de retirada de corpo de recém-nascido que evoluiu ao óbito é feita mediante ao comparecimento de familiar.

Disse ainda que, na ocasião, a retirada do corpo foi solicitada pelo pai do recém-nascido, que não comunicou aos familiares.

Fonte: Da Redação

Rosi Martins

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