Denúncia relata falta de reagente no Hemocentro de Roraima há três meses

O Roraima em Tempo voltou a receber, nesta terça-feira, 17, denúncias relacionadas à falta de reagente no Hemoraima. O material é utilizado no momento da doação e no exame de sorologia, que identifica uma série de doenças infecciosas.

Segundo o denunciante, o problema já dura há três meses, mas tem se agravado nos últimos dias e prejudicado aqueles que precisam de doação de sangue e plaquetas.

“Já tem muito tempo que o Hemocentro não realiza os exames e manda para fora. Estão indo para o Hemocentro do Amazonas, mas o Hemoam não está dando conta da rotina também”, disse.

Ainda de acordo com a denúncia, a falta do insumo decorre de uma dívida da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) com a empresa fornecedora.

“Não tem como liberar nenhuma bolsa sem ter esses exames […] Os hospitais estão com muitas pessoas precisando de plaquetas e não tem previsão nenhuma de liberação, porque a Sesau não paga e se recusa a pagar a dívida com o fornecedor dos insumos”, ressaltou.

A reportagem já tinha repercutido uma denúncia enviada à Rádio 93FM sobre a falta de reagente no Hemocentro de Roraima em outubro. Na ocasião, a Sesau disse por meio de nota que houve atraso por parte da empresa contratada no envio de reagentes para o Estado em razão de logística aérea. A Pasta garantiu ainda que os procedimentos cirúrgicos não estavam sendo comprometidos.

O que diz a Sesau

Procurada, a Secretaria de Saúde disse que houve atraso na entrega dos reagentes utilizados no setor de Sorologia do Hemoraima, o que impactou temporariamente a testagem das bolsas de sangue.

Contudo, esclareceu que todas as bolsas produzidas na unidade estão devidamente armazenadas, aguardando testagem e liberação conforme os protocolos de segurança e qualidade vigentes.

Informou ainda que o Hemoraima realiza os pedidos de reagentes de forma mensal, para garantir o abastecimento regular e a continuidade das atividades sem prejuízos. Portanto, não procede a informação de que bolsas de sangue estariam sendo descartadas.

“Todas as unidades coletadas permanecem sob controle, armazenadas em condições adequadas, e serão liberadas assim que os testes forem realizados”, completou a nota.

Fonte: Da Redação