A Defensoria Pública do Estado (DPE) processou o governo e pediu o retorno imediato da cirurgia de implante de marcapasso.
No início deste mês, a reportagem mostrou que pacientes aguardam pelo procedimento há meses. A DPE cita que isso ocorre devido à falta de médico especialista.
“Trágico foi o desfecho do caso […] o paciente não suportou a demora do Estado em providenciar o indispensável procedimento médico e veio a óbito”, diz.
Assinam o documento os defensores Frederico Cesar Leão Encarnação, Inajá de Queiroz Maduro, Januário Lacerda de Miranda, e Paula Regina Pinheiro Castro Lima.
De acordo com o pedido, 30 pessoas aguardam pela cirurgia no HGR, sendo 16 na fila de espera e outras 14 internadas “sem qualquer perspectiva para realização”.
Por isso, a Defensoria pede que o governo contrate empresa especializada na prestação de serviços hospitalares na área de arritmologia cardiáca, e restabeleça “imediatamente” o procedimento em 60 dias.
Conforme os servidores do HGR, os pacientes só tem conseguido as cirurgias na Justiça, enquanto outros estavam internados sem agendamento.
À época, o governo disse que os implantes eram feitos por meio de atendimentos em clínicas credenciadas. Disse ainda que contrataria profissionais para “resolver de forma definitiva o procedimento”.
Por outro lado, a Defensoria afirma que, no mês de agosto, “para superar a omissão”, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) atendeu quatro pacientes, que tinham processado o Estado.
O governo já confirmou à Defensoria que não há médico contratado para implante de marcapasso. Por isso, pediu convênio com médicos especialistas de clínicas particulares.
Contudo, a Defensoria disse que o custo médio da equipe cirúrgica particular para o implante é de R$ 17 mil.
Ou seja, com o custo total de dois procedimentos já conseguiria pagar um mês de salário para um especialista, e atender mais pacientes.
Por fim, o órgão diz que permitir a falta do serviço representa “condenar à morte os enfermos e enfermas que necessitam de implantes”.
E reforça também que os pacientes correm risco de morrer por causa da falta do implante. “Infelizmente, sem médico especialista que possa realizar o implante, a tendência é o crescimento da fila de espera”, acrescenta a DPE.
A Secretaria de Saúde informa que a gestão está buscando alternativas para reforçar esse serviço no Estado, o que inclui a possibilidade de abertura de processo de credenciamento para que os procedimentos dessa natureza sejam realizados por meio de clínica credenciada.
Atualmente o Centro de Cardiologia e Diagnóstico por Imagem tem 17 pacientes aguardando na fila, e desse total, em média 5 pacientes estão sendo acompanhados pela equipe de profissionais no Hospital das Clínicas Drº Wilson Franco.
Informa ainda que as demandas de urgência e emergência referentes à implantação do marca-passo estão sendo atendidas no Centro de Cardiologia e Diagnóstico por Imagem, onde os pacientes realizam o procedimento na própria Unidade, de segunda a sexta-feira.
Em relação aos procedimentos eletivos, ainda nesta sexta-feira, 17, será realizada uma reunião para definir os detalhes sobre a retomada plena dos procedimentos cirúrgicos de implante de marca-passo.
Por Josué Ferreira, Yara Walker
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