Familiares de uma grávida diagnosticada com diabetes gestacional internada na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth, denunciaram à reportagem, demora para realização de cesariana na unidade.
De acordo com a cunhada da gestante de 38 semanas, e que não quis ser identificada, na segunda-feira (17), ela recebeu encaminhamento médico pelo Centro de Referência da Saúde da Mulher para fazer a cesariana. É que de acordo com a mulher, a grávida também tem tireoide e picos de pressão alta. Além disso, o coração do bebê conforme o relato, apresenta alterações na frequência cardíaca.
“Ela veio para a emergência devido o encaminhamento que o médico de lá do Centro de Referência mandou. Assim, ela ficou até as 14h20 aguardando ultrassom para saber o que iriam fazer com ela. Depois da ultrassom, disseram que estava tudo normal, no entanto, ela iria ficar internada para cesariana, por conta do diagnóstico”, disse.
Dessa forma, as horas se passaram e a acompanhante explicou que uma enfermeira disse que somente após o atendimento de outras pacientes é que a mulher seria atendida e assim, iria para o centro cirúrgico. A paciente aguarda em uma poltrona.
“Todas que vêm lá da frente passam na frente dela. Quer dizer que se tiver 10 urgências, elas vai passar 10 dias nessa espera? Não há disponibilidade para isso para esperar a boa vontade deles em fazer a cesariana. A médica quem falou que quando ela completasse as 38 semanas, daria o encaminhamento para ela passar pela cesariana […] já era para acontecer por agora. Já iam deixar ela na prioridade, só que até então esse leito nunca apareceu”, disse.
A acompanhante disse que o tratamento na unidade é considerado desumano. “Hoje pela manhã fui verificar a situação dela na fila de espera. A moça foi super ignorante e disse que não sabia dizer dia nem horário de quando a cirurgia iria acontecer. No entanto, uma outra moça disse que seria hoje, mas até agora nada. Nem todos aqui tratam a gente bem e são desumanos. Estamos aqui porque o coração do bebê batia lento e tinha que vir com urgência. Aqui normalizou, mas poderia voltar, por isso viemos com urgência”, esclareceu.
Além disso, a mulher explicou que faltam leitos para as pacientes e poltronas para as acompanhantes.
“Aqui está super lotado. Os pacientes ficam nas poltronas. As mulheres quando têm o bebê elas paridas ficam na poltrona novamente. E, nem todos os acompanhantes tem aquela cadeira branca de plástico para sentar. De noite, alguns forram o chão ou sentam pela chão. A unidade não tem equipamentos, tá faltando lixeira”, explicou.
Essa não é a primeira denúncia sobre a falta de cadeiras na unidade. No último dia 13, filha de uma paciente procurou o Roraima em Tempo para para reclamar da falta de conforto dos acompanhantes no bloco das Margaridas.
Segundo a mulher, os acompanhantes precisam aguardar pela alta das pacientes em uma cadeira de plástico, o que é desconfortável para quem precisa dormir no local ou permanecer por muitas horas.
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A reportagem procurou a Secretaria e Saúde (Sesau) para posicionamento sobre o caso. Por meio de nota, disse que o parto da paciente vai ocorrer na tarde desta terça-feira, 17. Disse ainda que, em virtude das comorbidades apresentadas, é necessário a adoção de protocolo de estabilização de quadro clínico para a realização do procedimento seguro. Do mesmo modo, reforçou que a análise compete ao médico e equipe envolvida no atendimento.
Fonte: Da Redação
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