A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) destacou o baixo percentual de vacinados com a segunda dose da vacina contra a Covid-19 em Roraima. A instituição relembrou que o estado tem um dos menores números de vacinados do Brasil.
A informação é do boletim da Covid-19, divulgado pela Fiocruz na última sexta-feira (10). O documento reúne dados da semana de 21 de novembro a 4 de dezembro.
O boletim destacou que a vacinação avançou em estados como São Paulo. A cobertura para as duas doses estava em 79,16% na semana analisada. Conforme a Fiocruz, este percentual é o mínimo para pensar formas de flexibilização.
Contudo, o documento frisou que em outras regiões, como é o caso de Roraima, o número ainda não é o ideal.
“Enquanto a maioria das Unidades da Federação encontra-se com cobertura de segunda dose acima da faixa de 60%, algumas unidades, como Roraima e o Amapá sequer atingiram o patamar de 40%. Este cenário demonstra a heterogeneidade no acesso aos imunizantes”, destacou.
Porém, o dado diverge com a última atualização do ‘Vacinômetro‘ da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), feita na última quinta-feira (9).
De acordo com a plataforma, o número de pessoas com a segunda dose da vacina em Roraima é de 52,34%. Por outro lado, com relação à primeira dose o percentual é de 74,79%.
Devido ao surgimento de novas variantes, como é o caso da Ômnicron, a Fiocruz voltou a recomendar o “passaporte vacinal”, já que a vacinação continua sendo uma estratégia chave para o controle da pandemia.
Por conta da falta de restrições, a Fiocruz teme que o Brasil se torne a porta de entrada para turistas sem vacina. O que representaria um risco para o país e para o Sistema Único de Saúde (SUS).
“Um maior controle sanitário para a entrada de viajantes, combinado com a exigência do passaporte vacinal em locais públicos e de trabalho, torna-se urgente e necessário para que avancemos mais rapidamente no controle da pandemia”, disse.
Além disso, recomendou também a ampliação da cobertura vacinal por meio da dose de reforço, bem como a aplicação em quem ainda não tomou a segunda ou nenhuma dose.
De acordo com o documento, os dados da semana mostram uma tendência à estabilização dos principais indicadores da transmissão da Covid-19 no Brasil, mas com variações em cada estado.
Houve uma notificação de 9 mil casos confirmados durante a semana epidemiológica, enquanto que o número de mortes foi de 210 por dia.
Além disso, a taxa de letalidade registrou uma queda. O número que estava em torno de 3% diminuiu para um valor mais próximo aos padrões internacionais, de 2,3%.
Já em Roraima, a taxa de incidência de casos de Covid-19 continuou em manutenção, assim como a taxa de óbitos. A média por 100 mil habitantes foi de 5,4 e 0,2 respectivamente.
Já quanto à taxa de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), comum em pacientes com Covid-19, o estado registrou um percentual alto de incidência de casos, com um valor de 1,7 por 100 mil habitantes.
A Fiocruz também alertou para a instabilidade nos sistemas de informação da doença. Segundo o documento, isso pode prejudicar o acompanhamento da pandemia e a avaliação dos possíveis impactos de medidas de flexibilização.
“As falhas se refletem na divulgação de registros, ora muito abaixo do esperado, ora de aumento abrupto no número divulgado de casos de Covid-19, como observado desde a SE 37”, disse.
Em Roraima, a Sesau não atualizou os dados sobre a Covid-19 no estado pelo terceiro dia seguido.
Conforme a pasta, a atualização não ocorreu devido à um incidente que comprometeu temporariamente os sistemas do Ministério da Saúde na última semana.
Dessa forma, sem a atualização, o número de casos da doença em Roraima continuou em 128.751. Além disso, o estado registra 2.063 mortes pelo vírus.
Fonte: Da Redação
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