A Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinf) publicou dois termos de paralisação de obras do Hospital Geral de Roraima (HGR). A publicação está no Diário Oficial do Estado (DOE) do dia 26 de abril.
Esta é a terceira vez que a Seinf paralisa o processo da obra da unidade. Dessa forma, a suspensão segue por mais 120 dias no período de 18 de abril a 16 de agosto para o Bloco A. Em contrapartida, para o Bloco C a paralisação do contrato será de 27 de abril a 25 de agosto.
De acordo com a publicação, a justificativa é a indisponibilidade dos locais que encontram-se ocupados.
O Roraima em Tempo questionou sobre a possibilidade de transferência dos pacientes para o Bloco E, inaugurado recentemente com 120 novos leitos e aguarda a resposta.
Em outubro de 2020, ao entregar o Bloco B reformado, o governo anunciou que a obra dos outros blocos já estavam licitadas.
No entanto, a Seinf aguardava a liberação dos espaços para iniciar os trabalhos. À época, o HGR estava destinado apenas a receber internações de pacientes com Covid-19.
Os recurso para a reforma dos blocos A e D são do deputado federal Jhonatan de Jesus (Republicanos) no valor de R$ 1,7 milhões. Por outro lado, a reforma do Bloco C tem verbas da ex-senadora Ângela Portela.
Inaugurado em 11 de março deste ano, após 10 anúncios de previsão, o Bloco E do HGR dispõe de 120 leitos clínicos.
Pouco mais de um mês após a entrega da unidade, um vídeo enviado por um paciente mostrou que o Bloco não estava funcionando em sua totalidade.
Conforme as imagens, havia vários leitos vazios e até mesmo cobertos na unidade. Além disso, equipamentos encontravam-se cobertos e amontoados na área de convivência do bloco.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) afirmou que encontravam-se ocupados o 1º piso da unidade, bem como parte do 3º piso, onde estão os leitos de UTI. Além disso, a secretaria afirmou que estava contratando servidores para o funcionamento total do bloco.
Sobre os equipamentos amontoados a secretaria não se manifestou.
“A Secretaria de Saúde informa que a transferência de pacientes para o Bloco E, a fim de desocupar os blocos A e C do Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento, está ocorrendo de forma gradativa.
É importante destacar que a suspensão das obras ocorreu em virtude do aumento de fluxo de pacientes, o que não corresponde com a oferta de leitos disponíveis, considerando que a desocupação dos leitos em reforma reduz consideravelmente a quantidade de leitos.
Informa ainda que a obra está mantida e, na medida que houver a desocupação de leitos, os serviços seguirão em frente.
É preciso que a população compreenda a situação, já que a unidade hospitalar é a maior do Estado e não pode parar os atendimentos aos pacientes em razão de obra de reforma e ampliação”.
Fonte: Rosi Martins, jornalista do Roraima em Tempo
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