O Governo de Roraima renovou o contrato com a empresa responsável pela estrutura improvisada da Maternidade Nossa Senhora de Nazareth, conhecida como ‘maternidade de lona’. A secretária de Saúde Cecília Lorezon assinou o documento nesta quarta-feira (9).
O Termo aditivo ainda não está publicado no Diário Oficial do Estado. No entanto, nesta quinta-feira (10), o Roraima em Tempo teve acesso ao termo aditivo pelo qual a Secretaria renovou o contrato.
O valor da ‘maternidade de lona’ é de R$ 13 milhões. Desse modo, a estrutura de tendas e lonas agora passa a custar o valor total de R$ 38 milhões aos cofres públicos.
O valor alcançou o custo total da reforma geral do prédio da Maternidade Nossa Senhora de Nazareth no bairro São Francisco que é de R$ 38,5 milhões.
Para dar início à reforma da unidade, a Sesau transferiu, no dia 5 de junho de 2021, as pacientes do prédio da maternidade para uma estrutura improvisada no bairro 13 de Setembro, zona Oeste de Boa Vista.
À época, Denarium afirmou que a situação duraria apenas cinco meses. Contudo, dois anos depois, a população ainda aguarda pela entrega da obra.
O que deveria ser uma solução temporária, tornou-se um transtorno para muitas mães que dependem do serviço da unidade. Problemas recorrentes no local levaram a um grande número de denúncias sobre mau atendimento, filas intermináveis, mortes por negligência, insalubridades, entre outras situações.
A maternidade de lona virou alvo de denúncias e polêmicas ao longo desses dois anos de funcionamento. Em fevereiro este ano, por exemplo, a imprensa divulgou que 28 bebês morrem na unidade somente nos primeiros 37 dias do ano.
Além disso, em julho, uma denúncia no Ministério Público (MPRR), Conselho Regional de Medicina (CRM-RR) e na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (ALE-RR) apontou que três crianças morreram possivelmente por falta de diálise.
Conforme o relato, houve demora para a realização do procedimento em dois recém-nascidos. Já o terceiro caso, foi utilizado um cateter para adulto, o que não é adequado para crianças.
A estrutura improvisada também causa grandes transtornos para as pacientes. Durante o período chuvoso a água invade a unidade pelo teto, deixando vários locais alagados.
Em setembro do ano passo, diversos vídeos circularam nas redes sociais mostrando as mães correndo em busca de um local seguro para elas e as crianças.
Em outra ocasião, o alarme de incêndio da unidade disparou provocando momento de terror nas gestantes e familiares.
Fonte: Da Redação
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