Saúde

Maternidade volta a ser alvo de denúncia por suspender Teste do Olhinho

“O governador gastando uma fortuna com o aluguel das ‘instalações’ da maternidade, e não realiza sequer o Teste do Olhinho nas crianças recém-nascidas”. Assim, um pai que aguardava o nascimento de seu filho na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth iniciou uma denúncia.

Ele procurou a reportagem na noite desta sexta-feira (16) para denunciar o caso e enviou uma foto do setor com um aviso que diz “Atenção! Não haverá Teste do Olhinho!”.

O homem se disse revoltado devido ao valor do aluguel (R$ 13 milhões) que o Governo do Estado paga na estrutura improvisada da maternidade. Contudo, deixa de oferecer serviços essenciais como o teste.

Além disso, ao buscar uma solução para a situação, ele recebeu a informação de que deveria procurar o setor de serviço social.

Sem opção, o homem disse que, se não resolvessem na maternidade, ele teria que pagar o teste do filho no setor privado.

“O sentimento é de decepção. Porque o lema do Governo era ‘dinheiro tem, o que falta é gestão’. Realmente, dinheiro tem…”, desabafou.

O homem não quis se identificar porque tem medo de represália contra sua família que ainda estava na maternidade no momento da denúncia.

Tendas e lonas

Alvo de denúncias constantes, a maternidade funciona de forma improvisada sob uma estrutura alugada pelo Governo. Nesse sentido, em agosto do ano passado, a Sesau assinou o contrato de aluguel por R$ 10 milhões por um ano. Em seguida, fez um reajuste de 18% e o aluguel passou a ser cerca de R$ 12 milhões. No dia 9 de agosto de 2022, a Sesau renovou o contrato por mais um ano e aumentou o valor para R$ 13 milhões.

Conforme a pasta, o local abrigaria a maternidade e o Hospital Geral de Roraima (HGR). Contudo, em vez do HGR, o governo instalou o Hospital de Retaguarda, fechado em março deste ano.

Em 2020, a Sesau assinou o contrato em agosto, mas apesar disso, transferiu as pacientes da maternidade para o local no dia 5 de junho. Ou seja, dois meses antes.

Na ocasião, o governador Antonio Denarium (PP) afirmou que a situação duraria apenas cinco meses, enquanto concluía a reforma do prédio. Contudo, um ano depois, a reforma da maternidade continua sem previsão de conclusão.

Citada

A reportagem procurou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) que, por meio de nota, disse que a informação não procede. Disse ainda que, caso o bebê tenha nascido no fim de semana, a orientação é levá-lo para o fazer o teste do olhinho na segunda-feira.

Fonte: Da Redação

Rosi Martins

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