A servidora pública Silvia Nunes dos Santos, de 47 anos, aguarda há sete meses por uma cirurgia para remoção de um cisto no Hospital Geral de Roraima (HGR). A situação foi denunciada ao Roraima em Tempo na tarde de hoje (4).
Conforme a irmã da paciente, Simone Nunes, de 44, o cisto fica na região do abdômen e tem mais de cinco litros de líquido. O tamanho equivale à barriga de uma pessoa grávida de nove meses, afirma Simone.
“Ela já tem o rim atrofiado por conta desse cisto. O cisto comprime o pulmão e o estômago dela. Ela come muito pouco, respira com dificuldade”, relata Simone.
Ainda segundo Simone, a irmã descobriu o cisto em março deste ano. No mês seguinte, entrou na fila de espera da oncologia do HGR. Contudo, desde então, não conseguiu fazer o procedimento.
“Ela está muito debilitada. A situação é muito difícil, ela já sente o desconforto por causa da barriga e sem falar das dores. E não tem nenhum acompanhamento médico”.
Com a demora para a realização da cirurgia, Simone afirma que a família chegou a entrar na Justiça para tentar agilizar o processo.
Logo depois, o governo informou aos familiares que o procedimento seria feito no dia 14 de outubro. Contudo, foi cancelado pelo HGR.
“Ela internou no dia 13, mas 3h depois da internação informaram que ela não poderia fazer a cirurgia porque o HGR estava sem material”, disse Simone.
Na semana seguinte, a cirurgia foi reagendada para o dia 28 de outubro. No entanto, segundo Simone, o HGR cancelou dois dias antes.
Por fim, o procedimento foi reagendado para hoje (4). De acordo com Simone, sua irmã chegou a ser internada ontem (3) no Hospital das Clínicas, porém, a cirurgia não ocorreu mais uma vez.
“Ela devia ter sido levada de ambulância para o HGR, mas não foi. Quando o médico chegou no centro cirúrgico, viu que ela não estava lá e cancelou a cirurgia. Alguns minutos depois, a ambulância chegou com a minha irmã no HGR”.
Ao Roraima em Tempo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que a paciente segue internada no Hospital das Clínicas, “recebendo acompanhamento e sendo preparada para a realização da cirurgia, que deve ocorrer após o contato com a equipe de oncologia do HGR”.
Além disso, segundo a Sesau, o transporte de Silvia para o HGR demorou devido à “alta demanda de pacientes classificados como casos de urgência”
Fonte: Da Redação
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