Saúde

“O pagador de imposto é tratado como cachorro aqui no HGR”, diz acompanhante de paciente ao mostrar poltrona despedaçada

O acompanhante de uma paciente que não quis se identificar, está com a esposa internada há duas semanas. Ela apresentou sintomas de problemas neurológicos. Então seu esposo a levou para o Hospital Geral de Roraima (HGR).

No entanto, ao chegar no local, os médicos a encaminharam a mulher para um hospital particular, onde a Secretaria de Saúde (Sesau) aluga leitos. Mas, ela teve os sintomas intensificados ao sofrer uma paralisia cerebral e a equipe da unidade particular a encaminhou de volta para o HGR para que receba atendimento especializado de um neurologista.

Ao chegar no local, o acompanhante se deparou com uma estrutura de péssima qualidade. Conforme o ele, a cadeira disponibilizada para ele está totalmente destruída.

“É totalmente desumano. A cadeira só o resto, toda acabada, toda quebrada. Eu conversei com a enfermeira e perguntei se poderiam estar trocando a cadeira porque fica complicado do acompanhante passar a noite lá dormindo na cadeira. Então ela falou que, se tivesse alguma para fazer a troca, ela ia estar mandando. Mas que poderia não ter”.

E complementou ao enviar um vídeo à reportagem do Grupo Égia de Comunicação: “Olha a situação disso. Pelo amor de Deus! O pagador de imposto é tratado como cacho aqui nesse HGR”.

Além disso, o homem disse que resolveu denunciar, pois há várias outras pessoas na mesma situação. Entretanto, não têm como relatar ou têm medo de fazer uma denúncia.

“… mas no meu caso não tem como aceitar uma situação dessas não. Porque não é só por mim. Tem outras pessoas que também vão chegar e ficar na mesma situação e se não falar nada…”, argumentou.

Sintomas

Com formigamentos nas mãos, perdendo as forças e com a paralisia facial, a paciente está há duas semanas com os sintomas. Contudo, segue sem diagnóstico. O acompanhante reclama da demora da unidade ao encaminhar a esposa para um neurologista.

“Quando começaram a ver que ela estava com esses problemas, já era pra ela ter sido encaminhada para um neuro para ter feito a ressonância. Mas aí sabe como é que é o descaso do Governo. Eu acho que eles querem é ficar brincando com os pacientes, só pode”.

Além disso, a família enfrenta mais uma dificuldade. É que o Governo não faz o exame necessário para fechar o diagnóstico da mulher. O acompanha te está em busca de um laboratório na capital que faça a análise que ele vai ter que pagar do próprio bolso.

“A neuro foi lá e disse que a gente tem que saber qual o local que faz a análise do material colhido para o exame”, explicou.

De acordo com informações repassadas pelo denunciante, o exame custa entre R$ 200 e R$ 400 em clínicas particulares.

A reportagem do Grupo Égia entrou em contato com o Governo do Estado e aguarda resposta.

Fonte: Da Redação

Rosi Martins

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