Rômulo Santos espera há três anos por uma cirurgia para tratar uma úlcera na Clínica Especializada Coronel Mota. O acompanhamento começou em 2019. Desde esse período, o paciente já teve dois cirurgiões plásticos, para cuidar do problema. No entanto, o primeiro morreu e a segunda se aposentou. E desde então, ele afirma que não há especialistas do setor na unidade.
Ele perdeu o movimento das pernas há mais de 20 anos em um acidente de trânsito, por isso, desenvolveu uma úlcera. O problema se agravou por ficar muito tempo sentado na cadeira de rodas, que não possui um assento adequado para aliviar a pressão.
Após anos de espera, a situação de Rômulo se agravou, resultando na evolução da úlcera para uma fístula, que é uma ferida profunda.
“Eu preciso de uma cirurgia plástica, caso ela aconteça, vai me deixar apto a fazer as coisas dentro de casa, fazer o que eu tenho para fazer regulamente. Eu não posso ficar muito tempo sentado, não tenho condições de ficar nessa posição, porque quanto mais tempo que fico sentado, a úlcera vai se alastrando e ficando maior. Quem saí perdendo nesse caso, sou eu”, disse.
Por conta da situação, o paciente procurou a ouvidoria da Clínica Coronel Mota, no entanto, não recebeu resposta. “Se eu tivesse condições, eu não estaria em uma situação como essa. Eu entrava logo em uma rede particular e fazia o que tem para fazer. Mas não tenho condições, então tenho que recorrer ao órgão público”, ressaltou.
Procurada pela imprensa, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que após consulta no sistema, constatou-se que Rômulo não está inserido na fila de cirurgia.
“Provavelmente, não foram realizados os trâmites necessários para essa inserção. Entre esses procedimentos indispensáveis está o preenchimento de um formulário solicitando o procedimento”.
A pasta orientou o paciente a procurar a direção da Policlínica Coronel Mota caso tenha formulário preenchido. Se ele não tiver o documento, deve ir a uma Unidade Básica de Saúde, passar por atendimento médico e ser encaminhado, via regulação, para ser avaliado por um cirurgião geral.
Fonte: TV Imperial
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