A paciente Jade Dias Forechi perdeu o bebê no último domingo (12). Ela estava com 5 meses de gestação e procurou atendimento na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth. Por conta da superlotação, ela denuncia que não recebeu o atendimento adequado.
De acordo com a paciente, a estrutura do maternidade está em precariedade, com banheiros em más condições e com falta de profissionais para atender. Até o momento, nem o prontuário médico ela recebeu.
“Dei entrada [na maternidade] no domingo retrasado e consegui sair na terça-feira […] Me deparei com um cenário assustador com a superlotação, falta de atendimento. Eu tinha que ficar indo atrás dos médicos. Eu tinha consciência de que se viesse a nascer (o bebê) seria um pouco inviável para ele continuar vivo. Mas, mesmo tendo essa consciência, eu vi que me faltava muita explicação”, disse.
Além disso, Jade relatou que mesmo perdendo o bebê, teve que dividir quarto com outras mães com seus filhos, que choravam e afetava o psicológico dela.
“Outra coisa que me magoou bastante foi ter que ficar aguardando em um ambiente com outras mães. Os bebês chorando… o emocional pesou bastante”, frisou.
Nesse sentido, ela falou também que uma gestante estava tomando banho e uma cerâmica caiu sobre a cabeça dela.
“Uma colega de parto foi tomar banho e cerâmicas do banheiro caíram em cima dela. Dava para ver fungos nas paredes, todas sujas. Um ambiente que está largado”, finalizou.
Dessa forma, Jade diz que o sentimento é de muita tristeza. Tudo o que ela queria era ter um momento para se despedir do filho e tentar superar a perda. Mas nem isso ela teve.
Por fim, ela pede que os responsáveis tenham um um olhar mais humanizado. Porque muitas mulheres estão passando por um momento muito delicado no local.
No dia 2 de fevereiro deste ano, um vídeo que circulou nas redes sociais, mostrava uma gestante no chão da Maternidade Nossa Senhora de Nazareth em Boa Vista.
Conforme o vídeo, ela pedia em desespero por atendimento. Na oportunidade, a secretária de Saúde do Governo de Roraima, a advogada Cecília Lorezon, usou as redes sociais para negar a superlotação e dizer que há pessoas que “dão show”.
“Não tem superlotação. Tem uma fila de cirurgias, cujo critério é estabelecido pelo corpo médico, que avalia o que é prioridade. Acontece q tem pessoas q se prestam a dar show ao invés de respeitar os profissionais. Por fim, a título de esclarecimento, essa moça terá a cesárea realizada hj pela tarde”, escreveu.
Logo após a repercussão na imprensa, o Ministério Público de Roraima (MPRR) abriu investigação para apurar o caso da gestante.
A investigação ocorre por meio da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde. O promotor Igor Naves está responsável pelo caso. Dessa forma, ele enviou ofício à maternidade para pedir informações.
“Queremos saber sobre o atendimento prestado à paciente que aparece nas imagens veiculadas no vídeo, quantitativo de leitos da maternidade e respectiva ocupação, estatística dos últimos 6 meses sobre os partos realizados e número de pacientes internadas que aguardam a realização de parto”, destacou.
A reportagem entrou em contato com o MPRR para saber como seguem as investigações. No entanto, o órgão não se pronunciou.
Além disso, o jornal procurou o Governo de Roraima, que também não enviou resposta.
Fonte: Da Redação.
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