Um homem, que preferiu não se identificar por medo de represálias, denunciou ao Roraima em Tempo que a esposa não teve o direito de um acompanhante durante o parto na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth por falta de Equipamento de Proteção Individual (EPI).
O caso ocorreu no último domingo (05). Contudo, o homem relatou que continua acontecendo com outras pessoas.
“A minha indignação foi porque nem eu pude assistir o parto e nem ninguém que está lá. Pai ou mãe de paciente, ou irmão, cunhado, primo tanto faz, não puderam assistir o parto. O que eles alegam é que não está tendo EPI”, disse.
O homem disse que a esposa ficou indignada por não ter tido o direito de receber o apoio de um familiar na hora do parto. A mulher já tinha combinado com a mãe ou a irmã para acompanha-la.
“Eu não tenho coragem de entrar. Mas ia entrar ou a mãe dela ou a irmã dela já tinha combinado pra bater foto do neném. E na hora que saísse bater foto do peso do quilo lá, dos centímetros, tudo mais e nada disso pode acontecer porque eles disseram que não tem jaleco para o acompanhante”, relatou.
De acordo com o denunciante, ele buscou informações na maternidade. Dessa forma, descobriu que a falta de EPI ocorre há mais de um mês.
“Aí agora de manhã eu fiquei mais indignado ainda porque já passou, mas tem muitos pais que querem ver ou mães querem que a avó ou a irmã, a cunhada assista o parto e vão chegar lá e não vão poder assistir igual eu, e minha sogra que não pôde. Então muitos familiares na mesma situação né? Não foi só eu e minha esposa que está lá”, lamentou.
Outra reclamação do homem é que ele não conseguia informações sobre o estado de saúde da esposa e do filho. É que durante o trabalho de parto houve uma intercorrência e a mãe, assim como o bebê corriam risco de infecção.
Por conta disso, a mulher teve que passar por uma cesariana. O denunciante afirmou que ficou cerca de seis horas sem receber notícias da mulher e do filho.
“Aí nesse percurso nem sabia a notícia dela, como ela estava e nem poderia, nem ver o bebê”, contou.
Procurada, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) disse que a informação sobre a falta de EPI não procede e que vai averiguar a situação específica e corrigi-la para que não volte a se repetir.
Fonte: Da Redação
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