Dez médicos residentes do serviço de ortopedia e traumatologia da Universidade Federal de Roraima (UFRR) paralisam as atividades a partir desta segunda-feira (1º).
Segundo ofício, assinado nos dias 30 e 31 de março, a medida tem por objetivo a melhoria do ensino dos residentes, que já expuseram problemas relacionados à falta de atividade prática nos setores de emergência, centro cirúrgico e enfermaria do Estado para a Comissão de Residência Médica/UFRR e ao Conselho Nacional de Residência Médica.
“A gente vai paralisar até resolver essa situação, por tempo indeterminado. Porque senão [a UFRR] vai formar mal profissional, porque a gente não opera. Vai formar médico que não sabe operar porque a gente não tem centro cirúrgico e nem emergência”, disse um dos médicos residentes.
A situação foi discutida em uma reunião com o Ministério Público de Roraima (MPRR) no dia 8 de fevereiro. Entre outras medidas, o órgão estabeleceu que os médicos ortopedistas ficariam responsáveis pelas demandas de urgência e emergência no Pronto Atendimento Cosme e Silva, devendo o Estado disponibilizar equipe própria e centro cirúrgico no HGR para as cirurgias.
O Roraima em Tempo procurou o MPRR para verificar se o órgão pretende tomar providências sobre a demora para execução das medidas. Em nota, informou que acionará a UFRR, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), assim como a Coordenação da Comissão de Residência Médica de Roraima para obter explicações sobre o não cumprimento de medidas acordadas.
A reportagem também entrou em contato com a Sesau para pronunciamento. A pasta então informou que encaminhou a proposta de continuidade da residência médica de ortopedia no Hospital Geral de Roraima para apreciação do Conselho de Residência Médica da Universidade Federal de Roraima no dia 12 de março, recebida pela entidade no dia 18 do referido mês.
Ressaltou ainda que a proposta considerou uma série de condições. Entre elas a reunião das partes com Ministério Público de Roraima, as resoluções do Conselho Nacional de Residência Médica e Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. E, por fim, a importância da presença de corpo clínico para acompanhar as atividades dos residentes contemplados no programa, restando apenas do retorno do Coreme.
Fonte: Da Redação
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