A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) fechou 24 Unidades de Terapia Intensiva (UTI) destinadas ao tratamento de pacientes graves de Covid-19 no Hospital Geral de Roraima (HGR).
A informação foi repassada nesta sexta-feira (6), durante coletiva de imprensa. Conforme o diretor do HRG, Anderson Benetta, a medida ocorre devido a redução de casos graves de Covid-19. Outro motivo é a ampliação das cirurgias eletivas e readequação da unidade.
Hoje o estado tem 120.750 infectados pelo coronavírus, bem como 1.886 óbitos pela doença. Na quarta-feira (4), a Sesau confirmou 26 mortes em Roraima.
A Pasta pretende transferir todos os pacientes da enfermaria destinada ao tratamento de Covid-19 para o Hospital Estadual de Retaguarda Covid (HERC).
“Recentemente tínhamos ampliado os leitos de UTI, mas devido ao cenário epidemiológico que pode ser atribuído à vacinação, retomamos os serviços à normalidade e adotamos algumas medidas. Entre elas essa readequação dos fluxos do HGR, que inclui a transferência dos pacientes com coronavírus para o Hospital de Campanha”, explica o diretor.
De acordo com Benetta, o número de pacientes que necessitam de leitos reduziu de 42 para 33 desde ontem (5). Além disso, UTIs ficaram vazias por três semanas na unidade.
“Duas UTIs ficaram mais de três semanas totalmente vazias. Então, a gente optou por encerrar esses leitos de UTI que não estavam sendo necessários, no total de 24 leitos. Muitos deles foram convertidos em leitos ‘não Covid’. Mas, de qualquer forma, temos 50 leitos de UTI e nove sobrando”, detalhou.
Segundo o Boletim Epidemiológico da Sesau, a taxa de ocupação dos leitos de UTI do HGR estão em 57%. Além disso, existem 190 pessoas internadas nas unidades hospitalares do estado.
Em julho deste ano, a Ordem dos Advogados do Brasil em Roraima (OAB-RR) enviou ao Governo de Roraima uma recomendação para ampliação de leitos no HGR. No documento, a entidade afirmava que a unidade estava em colapso enquanto pacientes aguardavam por uma ‘chance de salvação’ na fila da UTI.
No mesmo mês, o Roraima em Tempo revelou que haviam leitos sem utilização no HGR. Após as denúncias, o governo ampliou o número de leitos de UTI de 54 para 74. Com o aumento, a unidade apresentou uma redução na taxa de ocupação para 74%.
Para o secretario-adjunto da Saúde Alexandre Salomão não existe a redução de leitos, mas um remanejamento.
“Não existe redução de leitos. Estamos remanejando leitos de patologias que não estão precisando para outras que estão necessitando. Todos os leitos do Bloco B, que são 50 leitos serão remanejados, isso é natural acontecer em qualquer unidade”.
Questionado sobre o número de pacientes que aguardam por cirurgias eletivas e quantas pessoas já foram atendidas o secretário não soube responder o quantitativo.
“Estamos atualizando as filas de espera e lançaremos um aplicativo, pois muitas pessoas já fizeram essas cirurgias. O HGR nunca parou as cirurgias e opera em média 10 procedimentos por dia e 300 a 600 por mês”.
Medicamentos
No último mês, profissionais de saúde denunciaram à reportagem a falta de insumos, profissionais e medicamentos em unidades do estado. Em relação aos casos, Salomão afirma que o problema da falta de insumos é “mundial”.
“Foram licitados de maneira eletrônica todos os nossos medicamentos e insumos. Mas o mundo viveu um desabastecimento de vários materiais. A demanda desses dos Equipamentos de Proteção Individual [EPIs] entre outros, teve aumento. Nesse momento, nosso secretário está licitando e tentando viabilizar de maneira emergencial qualquer item que esteja em falta”, finalizou.
Por Redação
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